Esta empresa apoia, a cultura e a história de
Ituiutaba, contidas neste portal
Agenda Artística e Cultural do Pantanal
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À todos os amigos e clientes desejamos um ótimo final de semana!!
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Lago do Pesque-Pague Pantanal
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horas inesquecíveis com toda sua família e sinta o aroma puro da
natureza. Tudo isso é possível no Pesque e Pague Pantanal. Pesca
esportiva da melhor qualidade, pertinho de você sem esforço algum e sem
gastar muita grana. Uma grande variedade de peixes que irá lhe
proporcionar muito prazer e alegria, em pescar e soltar... e tem mais o
melhor peixe frito e as melhores porções você vai degustar lá.
Traga sua família para degustar essa delícias!
GALERIA DE FOTOS
Nova remessa de Peixes sendo despeijados no lago
O Pantanal soltou no lago 160 alivinos de Dourados - 09/03/2018
tambaqui de 6/5 quilos e meio pego no lago Pantanal
Irlan e pescadores exibem pacús, tambaquis e pintados pegos no Pesque e Pague Pantanal
Pintado uma das especies do lago Pantanal
A cada dia novos pescadores e muita emoção...
Você, seu filho e toda sua família venham curtir juntos essa emoção...
É emoção pra mais de 1000 para todas as idades...
Aqui tem uma grande variedades de peixes de todos os tamanhos...
Os mais
deliciosos pratos para suas refeições, porções de peixe, bolinho de
arroz, torresmo, guaririba e várias outras iguarias na cozinha do
Paesque e pague Pantanal
Lembramos
que aos domingos o Pesque e Pgue Pantanal está de portas abertas
esperando você, seus amigos e familiares. Venham de segunda a domigo das
10h às 23h para passar momentos agradáveis junto a natureza!
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Venha traga toda sua família para experimentar essas delícias
e tomar cerveja estupidamente gelada!
Pesque e
Pague Pantanal lhe oferece ainda aos domingos e feriados shows ao vivo
com os mais renomados talentos desta região, além da melhor pesca
esportiva, cervejas e refrigerantes estupidamente gelados e uma
variedade de tira gostos preparados com muito esmero e bom gosto, para
você e sua família. Venha experimentar o mais delicioso peixe frito
desta região, uma especialidade da cozinha, do Pesque e Pague Pantanal.
NOVA GALERIA DE FOTOS
Peixes chegando no lago do Pantanal
Especie Pirara, oriunda do rio Araguai pescada neste dia 6/04,
aqui no lago Pantanal
Pasque Pague Pantanal um paraiso perto de você
É o melhor relax da cidade pegar um peixão desse!!!
Galera de todas as idades curtem o Pantanal
Convide
seus amigos e familiares, traga sua churrasqueira e venha assar o mais
delicioso churrasco, a cerveja e o refrigerante geladinho nós temos pra
você. Comemorações empresariais e familiares, podem ser feitas aqui, no
Pesque e Pague Pantanal, uma perfeita área de lazer esperando você e os
seus.
Venha você
também curtir essa emoção... É como se você tivesse realmente pescando
no Pantanal! Pesque e Pague Pantanal a maior variedade de peixes para
sua pesca esportiva!
Pacu caranha de 18 quilos pego Pesque Pague Pantanal
Curta essa emoção
Pesque e pague Pantanal para todas às idades
Tambaqui de 30 quilos pego aqui no lago Pantanal
Diretor do Pesque e Pague Pantanal, Irlan recebendo uma grande variedade de Pacu Caranha
Lago do Pesque e Pague Pantanal recebendo mais uma grande remessa de peixes.
E tem mais, aos domingos, a partir das 15 horas, show ao vivo com excelentes talentos regionias da musica popular e sertaneja.
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Curiosidades sobre a pesca esportiva
que você talvez não conheça
A pesca esportiva é
uma nova modalidade de pescaria e chegou ao Brasil há pouco tempo, mas
vem se difundindo com velocidade e se popularizando de maneira muito
interessante entre os brasileiros.
Por isso, resolvemos reunir cinco curiosidades sobre esse tipo de pesca aqui nesse texto. Confiram quais são:
A pesca esportiva representa um mercado bilionário
A indústria da pesca esportiva é
uma indústria bilionária – isso se considerarmos apenas os seus
investimentos e rendimentos feitos no Brasil. Em 2013, a indústria da
pesca esportiva no país movimentou cerca de R$ 1 bilhão, surpreendendo
todos os responsáveis pelo setor de turismo no Brasil.
Dentre suas
principais atrações, claro, estão a pesca amazônica, com milhares de
turistas anuais viajando de barco pelos nossos rios atrás de alguns dos
maiores peixes do planeta e se divertindo com a pesca esportiva.
Um dos mercados que mais cresce, mesmo com pouco incentivo
O mercado da pesca esportiva brasileiro
é um dos mercados que mais cresce no país, mesmo em tempo de crise
financeira. Nos últimos anos, o mercado cresceu em média cerca de 30%
por ano e mais do que dobrou de público nos últimos dez anos.
Não à toa,
as principais feiras de pesca no Brasil, como a Pesca Trade Show e a
Mariner Boat Show, tenham registrado públicos cada vez maiores, com
saltos enormes de cerca de 50% de público de um ano para o outro.
Ao todo, a
indústria de pesca esportiva gerou em 2015 cerca de 200 mil empregos
diretos e indiretos (incluindo aí lojas de material para a pesca, redes
de hotéis especializados, pesqueiros, criadores de iscas vivas,
restaurantes especializados em peixes, guias de pescaria, condutores de
embarcações para pescaria).
Mesmo
assim, o mercado ainda possui espaço para crescer muito. Nos EUA, por
exemplo, a pesca esportiva gera mais empregos do que setores
tradicionais, como a indústria automobilística, movimentando mais de $45
bilhões de dólares anuais só com equipamentos de pesca.
Ainda assim, existe pouco incentivo do governo federal para que esse mercado possa se desenvolver mais.
São mais de 40 anos de pesca esportiva no mundo
A pesca esportiva foi
criada em 1971, há cerca de 45 anos, se caracterizando pela pesca
apenas pelo prazer da pescaria e não pela subsistência do alimento
obtido. Portanto, o lema “pesque e solte” é parte intrínseca da pesca
esportiva.
A maior recordista de pesca esportiva do mundo é uma mulher
A americana
Meredith McCorda é uma das maiores pescadoras do planeta. Nascida em
Houston, Texas, ela já pesca há muitos anos e é especializada na
modalidade fly. Atualmente, ela é a dona de cerca de 65 recordes
mundiais de pesca, segundo a IGFA (Associação Internacional de Pesca Esportiva), com mais outros dezessete recordes pendentes a seu favor. Seu objetivo é alcançar 100 recordes mundiais.
A Amazônica contém os maiores peixes do Brasil
Um dos principais destinos de pesca esportiva no Brasil é a Amazônia. Com um barco, uma vara de boa qualidade das iscas necessárias,
muitos pescadores de todo o mundo se aventuram diariamente pela malha
fluvial da nossa Floresta Amazônica, atrás de peixes de tamanho
colossal.
Os maiores
peixes do Brasil estão por lá, como o pirarucu (Arapaima gigas) e a
piraíba (Brachyplatystoma filamentosum), que podem alcançar (EM MÉDIA)
2,5 metros e passar dos 200 quilos.
O Brasil
ainda se destaca por conter mais de 2 mil espécies de peixes de água
doce e mais de mil e trezentas espécies de peixes marinhos.
E você, pescador? Que histórias e curiosidades você tem para contar sobre a sua vida na pesca esportiva?
Pesque-pague e turismo rural
viram onda
P/ JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO – Folha de São Paulo
A migração
do campo para a cidade diminuiu bruscamente nos anos 90 no Brasil, mas
isso não teve nada a ver com a atividade agrícola. Ao contrário, há cada
vez menos postos de trabalho na agricultura e na pecuária.
O que tem feito menos gente abandonar o campo são empregos ligados ao
setor de serviços, como turismo rural e ecoturismo, e a atividades que
até pouco tempo eram consideradas tipicamente urbanas, como motoristas e
professores.
Esse
processo vem ocorrendo em todo o país, mas mais rapidamente em Estados
desenvolvidos. Em São Paulo, por exemplo, 44% da população rural ocupada
trabalhava em atividades não-agrícolas em 1995. Três anos antes esse
percentual era de 36%.
Tais conclusões fazem parte de um estudo conjunto feito em 11 Estados
brasileiros por várias instituições de pesquisa e que foi batizado de
Rurbano.
O estudo foi apresentado na semana passada em Curitiba, durante um
workshop internacional promovido pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud).
Um dos
coordenadores do trabalho é o pesquisador e professor da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) José Graziano da Silva. Em um texto
chamado "O novo rural brasileiro", ele escreveu:
"Pode-se dizer que o meio rural brasileiro se urbanizou nas duas
últimas décadas, como resultado do processo de industrialização da
agricultura, de um lado, e, de outro, do transbordamento do mundo urbano
naquele ambiente tradicionalmente definido como rural".
Graziano atribui essa mudança estrutural a dois fatores:
1) a
criação de novos serviços que não existiam no campo, principalmente na
área de transportes, saúde, turismo, lazer e educação;
2) o renascimento do trabalho em casa, com indústrias e ateliês domésticos, por exemplo, no setor de confecção.
"Esse trabalho a domicílio é fruto do tempo livre propiciado pela mecanização da agricultura", explica.
Ele não está sozinho nessa abordagem do problema. Em texto encaminhado
ao workshop do Pnud, Ignacy Sachs (da Escola de Altos Estudos em
Ciências Sociais da França) e Ricardo Abramovay (da Faculdade de
Economia e Administração da USP) vão na mesma linha:
Piracema
"O
desenvolvimento rural não se confunde com o crescimento agrícola. As
atividades não-agrícolas são hoje largamente majoritárias no meio rural
dos países capitalistas centrais. Apenas 10% da PEA (População
Economicamente Ativa) rural dos EUA e 13% da francesa são agrícolas".
No caso brasileiro, tanto Graziano quanto Abramovay e Sachs chamam a
atenção para uma atividade que explodiu nos últimos anos nas áreas
rurais: o pesque-pague.
Piaparas
São
propriedades rurais com lagos ou represas em que os clientes praticam a
pesca esportiva ou pagam pelo peso dos peixes que conseguem pescar.
Esses locais se transformaram em uma das principais atividades de lazer
de pessoas de classe média baixa no país.
A disseminação da atividade, que acaba gerando empregos de serviços, é
tão grande que, segundo Graziano, cerca de 90% dos peixes de água doce
comercializados atualmente no país vêm dos pesque-pague.
Tucunarés e Pacu Caranha
Outro exemplo são as festas de peão
de boiadeiro. Ocorrem cerca de 1.200 por ano no país e, segundo
Graziano, produzem uma renda superior ao valor das exportações
brasileiras de soja e café somadas.
Pirarara e Pintado (Cajara)
Jau
Maior parte desses peixes acima... estão no lago do Pesque e Pague Pantanal...
esperando você!!!
Como construir e abastecer tanques de peixes
O abastecimento ideal dos tanques deve ser por
gravidade, já que reduz o custo operacional
Antes de se construir um tanque de peixes,
devemos avaliar a topografia do terreno e o tipo de solo onde será
implantado, bem como fazer a análise da água que o abastecerá,
principalmente nos meses sem chuvas. Da mesma forma, deve-se escolher
qual o tipo de tanque será construído. Se será de terra,
alvenaria, concreto, cimento-amianto, fibra de vidro, lona plástica, ou
outros materiais disponíveis no mercado.
Formatos dos tanques ou viveiros
As formas retangulares são as mais comuns, já que facilitam o manejo e propiciam o bem-estar dos peixes.
No entanto, podemos encontrar os que têm formas circulares. Isso irá
depender do tipo de peixe escolhido para a criação. Além disso, os
viveiros não podem ser muito pequenos nem muito grandes, pois podem,
respectivamente, aumentar os custos do produtor, bem como inviabilizar o
manejo de criação. Quanto à profundidade do tanque, esta pode variar de
80 cm a 1,50 m.
Tipos de tanques mais utilizados
- Tanques de terra:
reproduzem o habitat próximo ao habitat dos peixes. Além disso, sua
construção requer poucos gastos. No entanto, eles necessitam de maiores
cuidados com sua manutenção, já que frequentes reparos devem ser feitos.
Tanques desse tipo devem apresentar inclinação das paredes de 45º, com
bordas gramadas para evitar erosão. São recomendados para o sistema
semi-intensivo e intensivo.
- Tanques de alvenaria:
podem ser revestidos de tijolos, de preferência, em espelho. Se o
criador de peixes preferir, pode-se revesti-lo com argamassa. O fundo
deve ser de terra e as paredes devem apresentar uma inclinação de 30º.
Uma vantagem é que tanques desse tipo não necessitam de contantes
manutenções, além de terem maior durabilidade. São recomendados para
sistemas superintensivos.
Topografia do terreno
Ao construir um tanque de peixes, deve-se aproveitar o máximo a topografia do terreno,
compactando o fundo e as paredes e tornando o terreno mais estável,
livre de erosão e infiltração. O ideal são terrenos planos com
declividade de 2%. O fundo deve ter uma declividade em torno de 1,5% em
relação ao sistema de escoamento. Quanto à construção dos taludes, esta
deve ser feita em camadas, sempre compactando a terra, até completar a
sua altura (50 cm acima do nível da água). Isso evita que o viveiro
transborde.
Tipo de solo
Os solos ideais para a construção de tanques ou viveiros
são os argilosos e de baixa permeabilidade, pois permitem a construção
de diques mais estáveis. Já os solos arenosos ou com grande quantidade
de cascalho geralmente apresentam alta infiltração, o que gera um maior
uso de água. Além disso, esses solos são pouco estáveis e mais
susceptíveis à erosão.
Qualidade e quantidade de água
O local
escolhido para a construção deve possuir fontes de água de boa
qualidade, sem contaminação por poluentes e em quantidade mínima para
abastecer os tanques. A quantidade de água necessária depende da área
dos viveiros, das taxas de infiltração e evaporação, da
renovação de água exigida no manejo da produção e do uso de estratégias
de reaproveitamento da água, entre outros.
Sistemas de abastecimento
- Abastecimento por gravidade: este
abastecimento só pode ser implantado onde houver represas ou nascentes
localizadas acima do nível dos tanques. A distribuição da água aos
viveiros é feita por meio de canais abertos ou por tubulação.
- Abastecimento por bombeamento: este
abastecimento deve ser implantado quando a fonte de água (poços, por
exemplo) estiver abaixo do nível dos tanques. A distribuição da água é
feita por tubulação pressurizada por uma bomba até a entrada dos
viveiros.
O
ideal é contar com abastecimento e distribuição de água por gravidade,
já que reduz o custo operacional durante o manejo dos tanques
Canal de abastecimento
O ideal é contar com abastecimento
e distribuição de água por gravidade, já que reduz o custo operacional
durante o manejo dos tanques, bem como evita falhas no sistema com a
quebra de bombas ou a falta de energia. O canal de abastecimento pode
ser feito com cano PVC, bem como deve haver um registro para controlar a
vazão da água. É bom que a água caia de uma altura de 50cm, o que
facilitará a sua oxigenação. Quanto ao volume da água, este deve ser o
bastante para suprir suas renovações diárias (5 a 10 L/s/hectare).
Canal de deságue
O canal de deságue
pode ser feito por meio de calhas e tubos de PVC, que irão levar a água
ao tanque de decantação ou estabilização. O mais importante é drenar a
água do fundo dos tanques, pois esta possui baixa qualidade e
oxigenação. O tanque bem vazio possibilitará a despesca, a adubação e a
sua desinfecção. Por isso, os canais de saída de água devem estar
localizados na parte mais baixa do tanque. Para a sua total drenagem.
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Por Andréa Oliveira
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alimentação e as formas de reprodução. Tudo elaborado em linguagem
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Nutrição e Alimentação de Peixes
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Os
peixes podem ser criados de várias maneiras dependendo das condições e
da qualidade da água, espécie e aceitação de mercado. É possível dividir
o sistema de criação em extensivo, semi-intensivo, intensivo e
superintensivo.
-
Sistema
extensivo: sua principal característica é a alimentação natural,
densidade de estocagem menor que 2.000 peixes/ha, sem monitoramento da
qualidade de água e viveiros sem planejamento (com dimensões variadas).
-
Sistema
semi-intensivo: alimentação natural e suplementar, densidade de
estocagem de 5.000 a 20.000 peixes/ha, monitoramento parcial da
qualidade de água e viveiros construídos com planejamento prévio. No
Brasil, cerca de 95% da produção de peixes é proveniente deste sistema.
-
Sistema
intensivo: alimentação completa, com densidade de estocagem de 10.000 a
100.000 peixes/ha, há monitoramento total da qualidade da água e
tanques construídos com planejamento. Normalmente associado ao
monocultivo (criadas isoladamente).
-
Sistema
superintensivo: ocorre alta renovação de água nos tanques, a densidade
de estocagem já é expressa em biomassa por m³. A ração deve ser
nutricionalmente completa e ter estabilidade na água, pois é a principal
fonte de alimento (exemplo: raceway e tanques-rede).
1.1 Exigências Nutricionais.
Entre os vários fatores que contribuem para a nutrição de
peixes, destaca-se o fato de dependerem direta e indiretamente do meio
onde vivem, estando sujeitos às condições ambientais, de difícil
manipulação. Há algumas diferenças nas exigências entre os peixes de
água fria (temperatura ótima <18oC) e os de água quente (temperatura
> 18oC).
Os estudos têm demonstrado que a dieta influencia o
comportamento, a integridade estrutural, a saúde, as funções
fisiológicas, a reprodução e o crescimento dos peixes. Portanto, a
determinação das exigências qualitativas e quantitativas dos nutrientes
essenciais é de fundamental importância para uma adequada formulação das
dietas para os peixes.
2.2 Forma Física da ração.
As formas físicas de se fornecer a ração aos peixes são:
-
2.2.1 Ração farelada:
os ingredientes da ração são apenas moídos e misturados. Sua utilização
não é recomendada uma vez que as perdas de nutrientes são muito
grandes, causando não só problemas aos peixes, como a poluição da água
dos tanques.
-
2.2.2 Ração peletizada:
por meio da combinação da umidade, calor e pressão, as partículas
menores são aglomeradas, dando origem a partículas maiores. Sua
estabilidade na superfície da água deve estar em torno de 15 minutos, o
que garante sua qualidade. Esse tipo de ração reduz as perdas de
nutrientes na água, pode eliminar alguns compostos tóxicos, diminui a
seleção de alimento pelos peixes, além de reduzir o volume no transporte
e armazenamento da ração. Porém, tem um custo de produção mais elevado,
quando comparada à ração farelada.
-
2.2.3 Ração extrusada:
a extrusão consiste num processo de cozimento em alta temperatura,
pressão e umidade controlada. Sua estabilidade na superfície da água é
de cerca de 12 horas, tornando o manejo alimentar com esse tipo de ração
mais fácil e eficiente. Atualmente, tem sido a forma de ração mais
indicada para a piscicultura.
2.3 Características dos alimentos
Os alimentos naturais são aqueles produzidos no viveiro e
que são consumidos pelos peixes. São estes classificados em alimentos
naturais, como as algas (Fitoplâncton); os microorganismos animais
(Zooplâncton), matéria orgânica morta, e alimentos artificiais, que são
as rações.
Há algumas décadas, ao estimular a criação de peixes em
nosso país, foi preconizada a ideia de seu consórcio com outras espécies
animais,
principalmente
com suínos. Entretanto, tal prática resulta em baixa produtividade por
unidade de área, além de comprometer a qualidade da água dos tanques.
Atualmente, um grande número de piscigranjas emprega rações
completas e, como conseqüência, tem obtido bons resultados zootécnicos.
A produtividade em piscicultura depende principalmente da qualidade dos
ingredientes que compõem a ração e da eficiência de seu processamento. A
garantia de obtenção de ótima resposta produtiva e máximo crescimento
dos peixes depende do atendimento das necessidades protéico-energéticas e
demais nutrientes essenciais.
Para tanto, é necessário considerar os aspectos
qualitativos e quantitativos da alimentação. Qualquer desvio da
composição ideal modificará a necessidade quantitativa. A certeza de que
os peixes estão recebendo a fração correspondente à sua exigência
garante a obtenção de ótima conversão alimentar.
Sabe-se que a eficiência de aproveitamento da ração para o
máximo crescimento depende principalmente de sua composição. Quando a
ração apresenta-se deficiente em qualquer nutriente essencial para o
crescimento, como aminoácido, vitamina ou mineral, será necessária maior
quantidade de alimento para satisfazer essa exigência, tendo como
conseqüência menor eficiência alimentar.
2.3.1 Qualidade das rações
Com a mistura de diferentes ingredientes, em diversas
proporções, têm sido confeccionadas as rações para peixes, as quais,
teoricamente, apresentam-se completas para atender suas exigências
nutricionais.
A indústria no sentido de proporcionar maior coesão entre
as partículas alimentares, submete a mistura ao processo de peletização.
Essa prática reduz tanto quanto possível sua desintegração e
dissolução, proporcionando, assim, melhor eficiência produtiva e
nutricional.
No mercado, os criadores encontram dois tipos de rações
peletizadas: a densa, que imerge após contato com a água e a extrusada,
que geralmente mantém-se à superfície. A ração peletizada densa é obtida
mediante umedecimento com água (peletizada a frio) ou com vapor
(peletizada com calor) e mediante pressão, passa pelos orifícios de uma
matriz. O calor, resultante desse atrito associado à umidade, gelatiniza
o amido da mistura, contribuindo para sua estabilidade na água. Essa
estabilidade estará ainda dependente do diâmetro das partículas, da
temperatura na câmara de condicionamento e da prensa, além da
característica aglutinante dos ingredientes.
Os peletes extrusados são obtidos mediante processo que
submete a mistura a maior umidade e temperatura, além de alta pressão no
extusor. Como resultado, praticamente todo o amido é gelatinizado e o
pelete sai do extrusor parcialmente expandido, fato que lhe confere
estabilidade na água de até 24 horas.
2.3.1 Deficiência de nutrientes
A deficiência de Vitaminas, muitas vezes chegando à
avitaminose (ausência da vitamina no organismo) ou por um lado
extremamente contrário, a hipervitaminose (excesso da vitamina no
organismo), podem causar sérios danos no desenvolvimento dos alevinos,
principalmente em sistemas intensivos.
A deficiência de vitamina, que pode geralmente, causar
danos no epitélio, tecidos ósseos e conjuntivos. Em alguns casos, causa a
diminuição na migração de leucócitos tendo ação na imunidade, o que
pode aumentar a taxa de mortalidade nos tanques, em um segundo caso
foram observadas perda na massa muscular, perda de pigmentação, anemia,
diminuição no número de hemoglobina e eritrócitos, leucócitos e
trombócitos, inibição da síntese de eritroblastos junto com a redução do
tamanho do citoplasma e do núcleo dos diferentes corpúsculos celulares,
o que resulta em alta taxa de mortalidade, devido à baixa imunidade e
má formação da estrutura corpórea.
Peixes alimentados com dieta sem vitamina gradualmente
perdem o composto, primeiro dos armazenamentos do fígado e por último
dos olhos. Em alguns destes casos foram observadas evidências de
avitaminose no fígado, intestino e particularmente na pele, onde foram
observadas camadas queratinizadas.
Por outro lado, a hipervitaminose reduz a taxa de
crescimento, comprimindo as vértebras e também age na diminuição do
depósito de gordura do animal.
2.4 Arraçoamento
Considerando que a taxa de arraçoamento influencia
diretamente no crescimento e na eficiência alimentar de uma espécie, os
estudos das necessidades nutricionais de peixes devem ser conduzidos na
melhor taxa de arraçoamento possível, a fim de evitar o mascaramento das
necessidades dos nutrientes.
O alimento artificial deve ser administrado diariamente na
quantidade de 3-5% da biomassa dividido em duas refeições, durante pelo
menos 5 dias por semana, de preferência no mesmo local e às mesmas horas
do dia (pela manhã e final da tarde).
O piscicultor deve estar sempre atento para observar a
quantidade ofertada para os animais quando comparada com a quantidade
consumida, de modo que não haja excesso de alimento artificial no
viveiro de um dia para o outro, pois o acúmulo de matéria orgânica traz
mais desvantagens do que vantagens no tanque.
A forma de preparo dos alimentos e a sua distribuição são fatores importantes.
Para pós-larvas e alevinos a ração, em forma triturada, deve ser distribuída ao longo das margens do viveiro.
Para peixes de 10 a 50g, as rações devem ser oferecidas em pequenos pedaços de modo que o peixe possa abocanhá-los.
Normalmente adota-se como parâmetro o conceito de
“biomassa”, que é traduzido pelo número estimado de peixes existentes no
tanque, multiplicado pelo seu peso médio. Para isso, é necessária uma
avaliação periódica dos peixes, a cada 30 a 45 dias. A oferta diária de
ração deve aumentar à medida que os peixes crescem. Sendo assim, essa
quantidade deve ser ajustada em intervalos de 7 a 14 dias.
2.5 Formas de fornecimento de ração aos peixes
Existem três maneiras de se fornecer ração aos peixes:
manualmente, pelo uso de comedouros ou de máquinas automáticas. O
fornecimento manual é interessante para manter um contato visual com os
peixes, no tanque. Observam-se, por exemplo, possíveis problemas de
saúde, porém requer maior mão de obra, quando comparado ao sistema de
comedouros.
A alimentação em comedouros pode ser feita em cochos
(bastante usado em sistemas tradicionais, no fornecimento de ração
farelada), ou mecanizada, no qual o alimento é lançado por um
equipamento acoplado a um trator. Esse método permite uma alimentação
rápida de grandes áreas, apesar de limitar o contato entre o tratador e
os peixes.
Existem ainda os comedouros automáticos, que distribuem a
ração de tempos em tempos no tanque, porém, também limitam o contato
entre os peixes e o tratador. Esse tipo de comedouro se encontra
disponível no mercado, sendo necessário analisar sua relação
custo/benefício quando da sua utilização.
Na fase inicial de desenvolvimento dos peixes, recomenda-se
o uso de uma ração finamente moída, em função do tamanho da boca do
animal. É importante que o alimento seja distribuído de maneira uniforme
pelo tanque.
Uma maneira prática de se verificar o consumo dos peixes e a
necessidade ou não de aumento da quantidade de alimento fornecido é
lançar a ração no tanque (no caso de rações peletizadas ou extrusadas) e
observar os animais se alimentando. Quando começar a sobrar ração na
superfície, significa que os peixes estão saciados e que aquela
quantidade de ração foi suficiente.
Como já mostrado anteriormente, o número de vezes que os
peixes devem ser alimentados por dia varia em função da temperatura, da
espécie criada, da idade ou tamanho dos peixes e da qualidade da água do
tanque. Geralmente, quando a temperatura cai, o consumo de ração é
menor e, portanto, o seu fornecimento deve ser menor também.
Assim na fase de alevinagem, a frequência de alimentação é
de duas a três vezes por dia. Já na fase de engorda, essa frequência cai
para uma a duas vezes por dia. Para peixes carnívoros, por exemplo,
duas alimentações ao dia são suficientes, porém, para peixes onívoros
como a tilápia, três alimentações ao dia mostraram melhores resultados
de desempenho.
A qualidade da água é influenciada pela frequência de
alimentação, uma vez que o excesso de ração no tanque provoca diminuição
do oxigênio dissolvido na água, prejudicando os peixes. Quanto aos
horários de fornecimento de ração, estes variam conforme a espécie
cultivada. Porém, para espécies carnívoras e onívoras, recomenda-se as
primeiras horas do dia e o entardecer.
O ideal é fornecer a ração sempre nos mesmos horários,
todos os dias, para que haja um condicionamento dos peixes. É
importante, porém, não fornecer alimento aos peixes quando as
concentrações de oxigênio estiverem baixas, para não agravar ainda mais a
situação.
Para espécies carnívoras ictiófagas, por requererem um
treino alimentar específico, é necessária a aquisição de alevinos já
adaptados ao alimento seco, devendo ser fornecido preferencialmente à
noite. O mais importante é que o tratador seja um bom observador, pois
dele irá depender a saúde e o desenvolvimento adequado dos peixes.
Infelizmente muitos criadores não têm idéia da quantidade
de peixes por tanque, o que dificulta os cálculos de quanto oferecer de
ração, além de inviabilizar possíveis tratamentos no tanque em questão.
Além da quantidade de peixes, deve-se ter conhecimento
sobre o comportamento de cada espécie durante a alimentação, pois
existem, inclusive, estruturas hierárquicas em uma população.
Ainda para garantir a melhor alimentação ao plantel,
deve-se atentar ao armazenamento de ração, cujos cuidados são idênticos
àqueles com as rações de outros animais. As embalagens devem ser
mantidas em ambiente ventilado, afastadas do sol e de outros animais que
possam dela utilizar-se (roedores, por exemplo), e a umidade deve ser
evitada a todo custo.
Altos níveis de umidade na ração propiciam o aparecimento
de fungos produtores de toxinas (aflatoxina, por exemplo), que são
extremamente perigosas aos peixes em particular, produzindo tumores
hepáticos.
A aplicação de criações consorciadas (suínos-peixes,
aves-peixes) que utilizam dejetos fecais para alimentação dos peixes não
são recomendadas, pois, embora se diminuam os custos com a alimentação
da piscicultura, cria-se um problema de Saúde Pública. As fezes irão
contaminar a água e, consequentemente, os peixes, que servirão de
alimento ao homem. Além disso, peixes criados com dejetos costumam ter
sua carne fétida e friável, em condições totalmente insatisfatórias para
consumo humano.
Finalmente sabemos que peixes mal nutridos podem sofrer de
doenças de origem nutricional e, além disso, terão maior propensão a
adquirir outras doenças causadas por bactérias, vírus e parasitas em
geral, pois esses animais têm baixa resistência a agentes oportunistas.
Assim, o piscicultor que investe em rações de qualidade só
terá a ganhar, aumentando dessa forma, sua produtividade e produzindo
peixes de boa qualidade.
O
manejo alimentar depende, principalmente, do tamanho dos peixes, da
dimensão dos tanques ou viveiros, do sistema de manejo da criação e
peixes utilizados (se intensiva ou semi-intensiva), do comportamento
alimentar da espécie cultivada e também da temperatura da água.
Em sistemas semi-intensivos e intensivos, o fornecimento de
alimentação suplementar é de fundamental importância para a engorda dos
animais. Essa alimentação deve ser feita através de rações balanceadas
para a melhor eficiência produtiva.
Assim no caso de pós-larvas até de alevinos, o alimento
deverá ser fornecido, no mínimo, quatro vezes ao dia. A ração deve ser
triturada e até mesmo finalmente pulverizada, dependendo do tamanho da
boca das pós-larvas. Nessa fase, podem ingerir até mais de 10% do peso
vivo diariamente.
Os alevinos entre 5,0 e 20,0 g, após o primeiro mês, já se
alimentam com rações extrusadas e posteriormente, trituradas, na
proporção de 5 a 8% de peso vivo, devendo a ração ser fornecida pelo
menos quatro vezes ao dia.
Os peixes no estado juvenil – entre 80 e 250 g, devem ser
alimentados de três a quatro vezes ao dia na proporção de 3 a 5% do peso
vivo, com rações extrusadas de 4 a 5 mm de diâmetro e na fase de
engorda, acima de 250g, a ração deve ser fornecida na proporção de 2 a
3% do peso vivo, com 6,0 até 10 mm de diâmetro. Essa mesma ração deve
continuar até a fase final da engorda (acabamento), com 1 a 3 kg de peso
vivo, quando os peixes ingerem, 1 a 2% do peso vivo.
A alimentação deve ser manual até que o criador vá
adquirindo prática, e as rações extrusadas, além de propiciarem melhor
qualidade da água, possibilitam ao tratador observar o comportamento dos
peixes quando estão sendo alimentados.
Uma vez adquirida essa prática, deve-se acompanhar com
freqüentes biometrias, medindo e pesando, no mínimo, 50 a 100 exemplares
de cada viveiro. Essas biometrias, que devem ser realizadas a
intervalos de 2 a 4 semanas possibilitam os ajustes das quantidades de
ração a serem administradas, de modo a se evitar a sub ou super
alimentação dos peixes, o que não é bom para o seu crescimento.
Somente após esse domínio sobre as quantidades de ração a
serem fornecidas aos peixes, é que se deve pensar na automatização da
alimentação dos peixes.
3.1 Manejo alimentar e qualidade da água.
O manejo alimentar inadequado dos viveiros, tanques-redes
ou outros sistemas de produção de peixes causam um grande acúmulo de
fósforo, que se deposita no fundo e aumenta a atividade bacteriana nos
sedimentos, podendo levar a uma condição anaeróbia na interface
água/sedimento, resultando na produção de gás sulfídrico e gás metano,
que são tóxicos para os peixes.
Uma parcela da ração que fornecemos aos peixes é consumida e
transformada em proteína animal, peixe vivo, a qual é retirada dos
viveiros e/ou dos tanques-redes no momento da despesca na forma
(principalmente) de carbono, nitrogênio e fósforo.
Outra parcela da ração não é ingerida pelos peixes e ainda,
uma última parcela da ração é transformada em fezes e metabólitos, que
vão se depositar no fundo desses ambientes, aumentando a concentração de
matéria orgânica. Parte dessa matéria orgânica pode ser liberada desses
ambientes na forma de dióxido de carbono, amônia e fósforo, através do
intercâmbio com a atmosfera na interface água e ar.
Outra parcela significativa da matéria orgânica acumulada
no fundo desses viveiros ou lagos, é eliminada através das trocas de
água e finalmente, parte do gás carbônico, nitrogênio e amônia é
adsorvida pelo solo e pelo ar na forma de gás de nitrogênio e amônia.
Em termos gerais, o aumento das taxas de alimentação
aumenta a produção de peixes de forma linear, enquanto a qualidade de
água diminui exponencialmente. A produção de peixes, ou de qualquer
outro organismo aquático, pode aumentar bastante, através de uma oferta
de ração mais elevada, entretanto os problemas relacionados com a
redução dos índices de qualidade da água poderão aumentar, numa
proporção muito maior do que a produção. Para evitar problemas dessa
natureza, é fundamental determinar o ponto de equilíbrio entre o aumento
da produção e a manutenção dos níveis aceitáveis de qualidade de água.
As características do reservatório ou lago onde serão
implantados os tanques-redes, a espécie que será cultivada e o tipo de
manejo que será utilizado vão determinar qual será o ponto de equilíbrio
ideal para o tipo de sistema de cultivo que se pretende implantar.
A quantidade de matéria orgânica existente nos viveiros ou
reservatórios utilizados para a produção de peixes é proporcional ao
aumento das taxas de alimentação.
O acúmulo de matéria orgânica decorrente da ração não
consumida e dos metabólitos produzidos pelos peixes nesses ambientes,
influi diretamente na densidade de fitoplâncton e na turbidez da água.
O aumento da turbidez da água reduz a penetração da luz na
coluna d’água, e limita a profundidade onde ocorre a fotossíntese. A
redução da fotossíntese e o acúmulo de matéria orgânica no fundo desses
ambientes aumentam a demanda bioquímica de oxigênio, causando a redução
drástica e repentina na concentração de oxigênio dissolvido.
Consequentemente, a adoção de taxas de alimentação
elevadas, associadas a uma ração de baixa qualidade e a baixa conversão
alimentar irão causar um grande acúmulo de ração no fundo, que irá atuar
como uma fonte potencial de nutrientes, principalmente nitrogênio e
fósforo, dando origem a eutrofização, evidenciada pelo crescimento
excessivo de fitoplâncton.
Essa situação é bastante prejudicial, porque, durante o
dia, o fitoplânton existente nesses ambientes produzirá uma grande
quantidade de oxigênio dissolvido através do processo da fotossíntese;
porém, durante a noite, esse processo se inverte, e ocorrerá um intenso
consumo de oxigênio dissolvido, dando origem a uma grande produção de
gás carbônico, provocando a diminuição do PH.
Por outro lado, parte da ração não consumida pelos peixes
cultivados serve como fonte de alimento para outros peixes, predadores
ou pássaros existentes no próprio local, podendo ocasionar
desequilíbrios ambientais, além de aumentar a quantidade de nutrientes
disponíveis na água e ocasionar a proliferação de microalgas.
Finalmente, uma parte da ração não consumida pelos peixes
permanece fixa no substrato do fundo ou no próprio tanque-rede, e pode
servir como fonte de alimento para organismos que vivem no fundo desses
ambientes ou na superfície da malha dos tanques-redes.
Esse acúmulo de ração no fundo dos ambientes aquáticos
aumenta a competição entre os organismos bentônicos, podendo alterar a
composição dessas comunidades, através da redução de determinadas
espécies menos tolerantes a certas variações na qualidade de água, como
também devido à competição alimentar.
3.2 Restrição alimentar
Em função da escassez temporal e espacial de alimentos, ou
pela migração para desova, períodos de privação alimentar são comuns. No
entanto, as respostas metabólicas durante a privação alimentar variam
consideravelmente entre os teleósteos, haja visto que alguns tais como a
idade, as estações do ano, o ambiente, as condições experimentais, a
temperatura e o estado nutricional pré-restrição também podem
influenciar, aumentando ou diminuindo o efeito da restrição no ajuste
biológico destes.
Frente à privação alimentar, a sustentação dos processos
essenciais e vitais são mantidos, dependendo de cada espécie, por
nutrientes diferentes, porém sempre às custas de reservas energéticas,
resultando em sua depleção (redução de via metabólica) e perda
progressiva dos tecidos, de acordo com a severidade do tempo de jejum.
Após um período de jejum, a realimentação promove uma
reserva nos processos de mobilização de reservas para suprir o
catabolismo. Somente quando essa condição estiver satisfeita, o destino
da dieta será para o crescimento.
A restrição do crescimento durante o período de privação
alimentar ou jejum pode ser acompanhado de uma fase de rápido
crescimento, quando a alimentação é restabelecida, conhecida como
crescimento compensatório. Esse crescimento compensatório, geralmente
está relacionado a um aumento na taxa e eficiência de ganho de peso
durante o período de recuperação.
Durante a restrição, é observado um decréscimo da taxa de
crescimento animal, resultando também em algumas alterações fisiológicas
e morfológicas, como a redução do tamanho do trato gastrointestinal e
fígado. A redução do tamanho desses órgãos é consequência do decréscimo
da quantidade de energia e proteína e da redução da síntese de proteína.
O resultado é a hipotrofia das células, causando uma redução de toda
massa do órgão.
O balanceamento das dietas é muito importante para o
atendimento das exigências nutricionais, embora haja poucos peixes com
todas suas exigências atendidas, principalmente para que a proteína não
seja utilizada como fonte de energia e sim para formação do tecido
corporal.
4.1 Recria:
A recria consiste em criação de alevinos I (peixes com
média de comprimento de 3 cm e 1 g de peso), até o porte adequado para a
engorda, que pode ser iniciada com peixes pesando 100 g.
- Taxa de estocagem inicial: 5 a 10 alevinos /m²;
- Período: 60 a 90 dias;
- Sobrevivência final: 80%;
- Renovação de água: 1 a 3% para manutenção dos padrões mínimos desejados;
- Taxa mínima de oxigênio dissolvido: 4mg/l;
- Taxa máxima de amônia: 2mg/l;
- Peso médio final: 100g;
- Conversão alimentar aparente: 1:1;
- Estocagem final: 4 a 8 juvenis/m²;
- Produtividade média final: 400 a 800g/m²;
4.2 Preparação dos viveiros:
Dia 0: viveiro seco
Dia 1: calagem de expurgo (100 a 200g de cal virgem em pó/m²)
Dia 2: pré-abastecimento (30 cm de lâmina d’água)
Dia 3: calagem de correção e adubação inicial conforme tabela abaixo
Dia 6: abastecimento total
Dia 7: estocagem de alevinos
Dia 10: readubação (semanais ou quando se fizer necessário)
Dia 60 a 90: despesca
4.3 Adubação da água
Tabela-Quantidade de ou químico a ser utilizado em viveiros.
Tipo de Adubação
|
Adubação inicial
|
Manutenção (semanal)
|
Cloreto de sódio
|
10g/m²
|
-
|
Cal Hidratada
|
10g/m²
|
-
|
NPK – 4-14-8
|
10g/m²
|
5g/m²
|
Calcário dolomítico
|
100g/m² a 300g/m²
|
-
|
Superfosfato Simples
|
15g/m²
|
10g/m²
|
Superfosfato Triplo
|
6g/m²
|
4g/m²
|
Uréia
|
3g/m²
|
-
|
4.4 Alimentação da recria
Tabela- Peixes onívoros
Quantidade diária de ração em quantos tratamentos
Peso Médio (Gramas)
|
Ração indicada
%PB
|
Peso Vivo
%
|
Granulometria
(mm)
|
Nº de Refeições
diárias
|
1-20
|
Peixe 40
|
10
|
Farelada
|
4
|
20-50
|
Peixe 40
|
8
|
3-4
|
3
|
50-80
|
Peixe 40
|
5
|
3-4
|
3
|
80-100
|
Peixe 36
|
4
|
4-5
|
3
|
4.5 Engorda
A partir do peso de 100g começamos a tratar dos peixes para
sua etapa final de engorda até que estejam no peso esperado em um
período que vai de 240 a 300 dias. Deve-se manter a oxigenação da água
de 4mg/l dissolvido, para que ocorra uma boa conversão alimentar
aparente, sendo entre 1,4 a 2 Kg de ração para cada 1 Kg de carne. Com
tudo isso, podemos esperar uma produção média final entre 500- 800g/m².
4.6 Preparação dos viveiros
- Dia 0: viveiro seco
- Dia 1: calagem de correção
- Dia 2: abastecimento total
- Dia 5: estocagem
4.7 Exemplo arraçoamento de alevinos
Abaixo segue um exemplo de fornecimento de ração para 1000
alevinos com peso médio inicial de 2,5g durante 13 semanas, estimando-se
todo o volume gasto nos tratos.
Semana
|
Teor Proteico da ração (%)
|
Ração
Diária (Kg)
|
Ração semanal (Kg)
|
Peso
Médio (g)
|
Refeições
(Dia)
|
1
|
40
|
0,400
|
3
|
5
|
4
|
2
|
40
|
0,725
|
5
|
9
|
4
|
3
|
40
|
0,725
|
5
|
13
|
4
|
4
|
40
|
1,063
|
7
|
19
|
4
|
5
|
36
|
1,647
|
10
|
27
|
4
|
6
|
36
|
2,224
|
12
|
37
|
4
|
7
|
36
|
2,502
|
16
|
50
|
3
|
8
|
36
|
3,232
|
18
|
65
|
3
|
9
|
36
|
4,174
|
23
|
83
|
3
|
10
|
32
|
4,852
|
29
|
108
|
3
|
11
|
32
|
5,445
|
34
|
136
|
3
|
12
|
32
|
5,445
|
38
|
168
|
3
|
13
|
32
|
6,716
|
47
|
207
|
3
|
Total
|
-
|
-
|
246
|
-
|
-
|
Tipo de Ração
|
Consumo Total(Kg)
|
Consumo Total (sacos)
|
Peixe 40
|
20
|
1
|
Peixe 36
|
77
|
3
|
Peixe 32
|
148
|
6
|
|
|
|
|
|
|
|
4.8 Alimentação da engorda- peixes onívoros
Tabela - Uso da ração balanceada com 32 a 28% de Proteina Bruta
Peso médio
(gramas)
|
Ração Indicada
% PB
|
% Peso Vivo
|
Granulometria
(mm)
|
Nº de refeições diárias
|
100-250
|
Peixe 32
|
3
|
6-8
|
3
|
250-500
|
Peixe 32
|
2,5
|
6-8
|
2
|
500-1000
|
Peixe 32
|
2
|
6-8
|
2
|
1000-1500
|
Peixe 28
|
1,5
|
8 -10
|
2
|
1500-2000
|
Peixe 28
|
1,2
|
8-10
|
2
|
2000-3000
|
Peixe 28
|
1
|
8-10
|
2
|
Autoria:
Jorge Prado Borges Neto, Zootecnista – CRMV MG 1786/ Z - Consultor Técnico (Prado Consultoria)
Prof. Gilmar Ferreira Prado, Zootecnista - CRMV RO 00152 ZP - Gerente Técnico BIGSAL
|
|
|
|
CURIOSIDADE SOBRE PEIXES
PRINCIPAIS DOENÇAS QUE ATACAM OS PEIXES
Para prevenir das doenças que se
manifestam com uma maior freqüência num tanque recém montado, são
indispensáveis algumas medidas profiláticas, como a higiene geral das
instalações e dos peixes e plantas recém
adquiridos, ter sempre um aquário quarentena ou aquário hospital para o
tratamento e inclusão de peixes e plantas antes de integrar no tanque
principal.
Se algum peixe aparecer infectado, adote os procedimentos curativos recomendados abaixo:
DOENÇA: Achlya ou Saprolegnia. (Fungos).
CAUSAS E SINTOMAS: Manchas brancas ou tufos semelhantes a algodão.
TRATAMENTO: Aplique um fungicida de largo espectro. Trocar 20% da água do aquário.
DOENÇA: Oodinium pillularis (Parasita).
CAUSAS E
SINTOMAS: Podem devastar um aquário em poucas horas. O primeiro sintoma é
a falta de apetite. Respiração ofegante, peixes na superfície, ficam
desequilibrados. Podem haver nas escamas um brilho fraco, como veludo.
TRATAMENTO: Aplique um fungicida de largo espectro associado a um parasiticida de ação rápida. Trocar 20% da água do aquário.
DOENÇA : Costia.
CAUSAS E SINTOMAS: Falta de apetite. Manchas esbranquiçadas. Ramificações vermelhas nas nadadeiras.
TRATAMENTO: Aplique um fungicida de largo espectro ou um parasiticida de ação rápida. Trocar 20% da água do aquário.
DOENÇA: Ictio.
CAUSAS E
SINTOMAS: Pequenos pontos brancos nas nadadeiras ou em todo o corpo.
Nadadeiras fechadas. Costumam esfregar-se no substrato ou nas pedras.
TRATAMENTO: aplicar um parasiticida de ação rápida.
DOENÇA: Nadadeiras Roídas.
CAUSAS E
SINTOMAS: Podem ser vários motivos. Geralmente são bactérias. As
nadadeiras ficam esbranquiçadas e se desfazem. O pH ácido favorece o seu
aparecimento.
TRATAMENTO: Corrigir o pH antes do tratamento. Aplicar um antibiótico de largo espectro.
DOENÇA: Fungo na boca.
CAUSAS E
SINTOMAS: Grossa camada de fungo na boca parecida com algodão. O fungo
pode estar associado a bactérias que se localizam em ferimentos.
TRATAMENTO: Aplicar um antibiótico de largo espectro ou aplique um fungicida de largo espectro. Trocar 20% da água do aquário.
DOENÇA: Dactylogyrus ou Gyrodactylus.
CAUSAS E SINTOMAS: Falta de apetite. Inflamação e inchação nas brânquias . Turvação dos olhos. Respiração ofegante.
TRATAMENTO: aplicar um parasiticida de ação rápida.
DOENÇA: Hidropsia (ventre volumoso).
CAUSAS E
SINTOMAS: É causada por bactérias que atacam os órgãos internos,
paralisando-os. Os peixes ficam barrigudos e com as escamas eriçadas. De
difícil cura.
TRATAMENTO: Aplicar um antibiótico de largo espectro. Trocar 20% da água do aquário.
DOENÇA: Tuberculose ou Barriga seca.
CAUSAS E SINTOMAS: O peixe fica magro com o ventre retraído. Pode ser causado por alimentação de má qualidade ou pouco variada.
TRATAMENTO: Aplicar um antibiótico de largo espectro. Trocar 20% da água do aquário.
DOENÇA: Olhos Inchados (pop-eye).
CAUSAS E SINTOMAS: Podem ser causadas por bactérias (tuberculose e hidropsia), por fungo (Ichthyosporidium) ou por vermes.
TRATAMENTO:
Aplicar um parasiticida de ação rápida associado com um antibiótico de
largo espectro. Trocar 20% da água do aquário.
DOENÇA: Buraco na Cabeça (Hole-in-Head).
CAUSAS E
SINTOMAS: Doenças dos Acarás. Atacam os órgãos internos, causando danos
que podem ser irreversíveis. De difícil cura. Falta de apetite, na fase
final aparecem inchações e perfuração na cabeça e no corpo. Não é muito
contagiosa.
TRATAMENTO: Aplicar um antibiótico de largo espectro. Trocar 20% da água do aquário.
Água muito ácida.
CAUSAS E SINTOMAS: Nadadeiras fechadas, escamas eriçadas, natação irregular, tremores.
TRATAMENTO:
Verificar o pH, aumentar com um tamponador de forma lenta e
cuidadosamente, pois uma mudança brusca podem matar os peixes.
Água muito alcalina.
CAUSAS E SINTOMAS: Perda de brilho nas escamas, respiração ofegante junta a superfície. Podem haver perdas nas escamas.
TRATAMENTO:
Verificar o pH, abaixar acidificante de forma lenta e cuidadosamente,
pois uma mudança brusca podem matar os peixes. Se for necessário um novo
ajuste, faça-o somente após 4 horas para dar tempo de aclimatação dos
peixes e plantas.
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