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Esta instituição de ensino apoia, a cultura
e a história de Ituiutaba,
contidas neste portal
João Pinheiro
Há mais de um século educando
1908 – 2019
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Atual Diretor: Carlos Henrique Araújo Vidigal (Baco)
O www.portalituiuta.com.br,
por seu coordenador ex-verador Hairton Dias, a Fundação Cultural de
Ituiutaba, através de seu presidente, professor Francisco Roberto Rangel
prestam a mais significativa homenagem ao corpo docente e discente da
Escola Estadual João Pinheiro, quando este importante estabelecimento de
ensino completa 111 anos educando os filhos desta generosa e abençada
terra de São José do Tijuco (exuberante Ituiutaba), com a mais alta
qualidade de ensino, ganhadora de inúmeros títulos ao longo de sua
história!
Compilação de dados, da revista do centenário, publicada pela escola, em dezembro de 2008!... Veja a seguir:
111 anos dedicados à educação
A Escola Estadual João Pinheiro, neste
ano de 2019 completa 111 anos e está localizada na cidade de
Ituiutaba/MG. A Escola guarda o passado, marca o presente e prepara o
futuro. Cento e oito anos se passaram desde a manifestação de um Grupo
Escolar, construindo e fazendo a sua história, tendo para oferecer aos
seus alunos o saber, o conhecimento, o uso correto da razão, a
excelência de ensino e qualidade.
Quando a escola comemorou seu primeiro
centenário, em 2008, aproveitou essa comemoração para promover a
renovação de atitudes, e cada vez mais poderem ver surgir novos líderes e
trabalhar em conjunto, continuando a oferecer à comunidade uma educação
de qualidade, contribuindo para a formação de cidadãos críticos,
reflexivos e participativos, cientes de seus direitos e deveres, em uma
sociedade democrática.
A missão da escola é “despertar e
exercitar as potencialidades dos alunos, oferecendo com eficiência,
conhecimentos que visem à inclusão, a cidadania crítica e atuante, numa
sociedade globalizada”, onde ressalta-se que a educação desempenha um
papel primordial em nossa vida cotidiana e percebê-la significa ter a
dimensão de sua importância para todos.
Neste ano à escola tem um diferencial ao
comemorar 108 anos de existência, o que a torna um privilégio por ser
uma instituição que há mais de um século se dedica a educação.
Em virtude desta afirmação, faz-se
necessário apresentar um breve histórico em forma de linha do tempo para
compreender melhor a trajetória desta instituição tão importante para a
cidade e, por onde passaram milhares de alunos, vários reconhecidos
como profissionais bem sucedidos nacionalmente e internacionalmente bem
como, os servidores que desenvolveram seu trabalho com dedicação, amor e
competência, tornando possível esta comemoração.
Os primórdios da educação na Vila Platina
Na antiga Vila Platina, recém-fundada no
início do século 20, em 16 de setembro de 1901, assim como no interior
de todo o Brasil daquela época, o ensino era rudimentar, pela carência
de escola nas pequenas comunidades.
Havia somente a dedicação e o amor de
umas poucas pessoas “letradas”, como se dizia à época, pelo nobre ofício
de ensinar, de maneira improvisada em sua própria casa ou em algum
cômodo emprestado, onde se fazia funcionar uma simples e pequena sala de
aula.
Em uma ou outra fazenda a mesma
realidade. Geralmente, a esposa ou filha “letrada” do fazendeiro, por
não concordar que muitas pessoas vivessem na ignorância do
analfabetismo, dedicava-se a ensinar o que sabia em algum cômodo maior
cedido para funcionar a sala de aula. O objetivo era que os pupilos
aprendessem a ler e a escrever.
Não é difícil imaginar a dificuldade de
quem se propunha a ensinar- vontade de aprender, pela carência de
recursos de toda ordem- e de quem tinha vontade de aprender, pelas
distâncias que tinham de ser vencidas até a pequena escola, a pé ou em
lombo de animais, ou depois de um dia inteiro de trabalho pesado no
Brasil eminentemente rural da época.
Certamente, à luz de lamparina ou ainda
de candeias, pequenas turmas formadas de crianças e adultos davam os
primeiros passos para aprender o “a-bê-cê”. A alfabetização se dava com o
ensino da caligrafia e da leitura. E tinha ainda o aprendizado das
quatro operações. Eram as primeiras e pequenas luzes do ensino na
imensidão de um país que ainda desbravava o interior.
Os filhos dos mais abastados também
iniciavam seus estudos nestas escolinhas improvisadas, e só depois de
mais crescidos eram levados para a cidades, para os colégios de regime
de internato para aprender o ensino regular da época.
Os primeiros professores
Cônego Ângelo Tardio Bruno
Desde os primeiros tempos do povoado de
São José do Tijuco, distrito da cidade de Prata, e depois Vila Platina,
se destacaram os professores José Luiz de Sá Gloria (ensinava nas
fazendas, pelos idos de 1880), Constâncio Ferraz de Almeida (primeiro a
ter escola particular), Padre Ângelo Tardio Bruno (benfeitor da cidade –
1883), Ana Alves da Silva, Theodoro da Silva Guedes (1888), José
Antônio Januzzi (italiano), Joaquim Antônio da Silva, Laurindo José de
Oliveira, os irmãos Coleto de Paula e Francisco Antônio de Lorena
(1904/1905 – Colégio São Luiz), João da Fonseca, Luiz José Borges e
outros.
Antes, e mesmo depois do Grupo Escolar
Vila Platina, depois Grupo Escolar João Pinheiro, houve escolas
particulares importantes na formação de nossas crianças e jovens, que
ofereciam a educação continuada, com 1ª a 4ª série, como o Instituto
Menino Jesus de Praga, da professora Olegária Ribeiro Chaves, o Colégio
Sagrado Coração de Jesus, de Anéria Furtado, a escola das Irmãs Carlota e
Aspásia Marquez, das Irmãs Celina e Maria, o Colégio Santo Antônio, do
diretor Dr. Pedro Salazar Moscoso da Veiga Pessoa, que tinha o auxílio
da esposa Dª Paulina, da filha Maria José e de professor Antônio de
Alcântara Lambert. O professor José Ignácio, vindo de Mariana, e sua
equipe, implantaram novos métodos didáticos e disciplinares no Grupo
Escolar João Pinheiro.
Resumo histórico da Escola Estadual João Pinheiro
Colégio Santo Antônio
Tobias da Costa Junqueira
O presidente da Câmara Municipal de
Vila Platina, Tobias da Costa Junqueira, por meio do bilhete reproduzido
e transcrito ao lado, convidava demais membros da associação que cuidou
da implantação do Colégio Santo Antônio, que deu origem à Escola
Estadual João Pinheiro.
Vila Platina, 6 de fevereiro de 1905
Ilmos. Srs. Domingos José Franco e Aureliano José Franco
Caríssimos Srs.
Tendo de reunir-se no dia 9 do andante, a
associação, para deliberar a compra ou edificação da Casa para o
Colégio, peço-vos virem no referido dia a fim de dar-se execução do que
se tem a fazer.
Desejando-lhes vigorosa saúde, subscrevo-me com estima e consideração.
Desejamos paz e amizade, obrigado
Tobias da Costa Junqueira
Presidente da Câmara Municipal de Vila Platina em 1905
A Escola Estadual João Pinheiro iniciou
suas atividades educacionais em 1905, como Colégio Santo Antônio, em
regime de internato de meninos e meninas em uma residência na Rua da
Matriz, atual Rua 20, em frente o prédio atual.
Dados históricos de sua criação
O Grupo Escolar de Vila Platina é criado
em 22 de dezembro de 1908, pela vontade política do agente executivo
(prefeito) Fernando Alexandre Vilela de Andrade e do presidente
(Governador) de Minas Gerais, Wenceslau Braz Pereira Gomes.
As poucas escolas particulares da pequena
comunidade não comportavam o número maior de crianças m fase escolar, o
que levou o prefeito Fernando Alexandre a lutar e conseguir a criação
da primeira escola pública, o Grupo Escolar Vila Platina, para oferecer
mais vagas, principalmente para as famílias que não podiam pagar pelo
estudo dos filhos.
O Grupo Escolar é inaugurado oficialmente
em 1910, com a presença de autoridades estaduais e municipais como
Cônego Ângelo Tardio Bruno (benfeitor de Ituiutaba), os médicos José
Petraglia e Pio Goulart, Joviano Castro, José de Freitas, José Paulino e
José Antônio Lisboa. O primeiro diretor foi Benedito Chagas Leite e os
primeiros professores: Alzira Alves Vilela, Minervina Cândida de
Oliveira, Ana da Silva (Sianinha), Antônio Severino e João Caetano.
Em 1912. Foi promovido e nomeado diretor
efetivo, o professor Francisco Antônio de Lorena e composto o quadro de
profissionais de quatro professores: José Antônio Torrezão, Minervina
Cândida de Oliveira, Alzira Alves Vilela Tavares, Ana da Silva
(Sianinha) e o porteiro Gentil Homem Ferraz de Almeida. O professor José
Ignácio de Souza assume a direção da escola em 1915, quando implanta
novos métodos educacionais e rígida disciplina. O Grupo Escolar passa a
ser referência de ensino e muda os hábitos, os costumes e a cultura dos
tijucanos, por meio de atividades esportivas. Sociais e culturais da
cidade.
O novo prédio da escola
Na administração do Agente Executivo
João Martins de Andrade, em 1924, foi autorizada a desapropriação
de terreno para construção do novo prédio, iniciada no ano seguinte,
quando também a área foi cedida ao governo estadual.
Em 1927 o novo prédio foi inaugurado. O
Grupo Escolar passou a ser denominado Grupo Escolar João Pinheiro,
quando foi transferido para o prédio próprio, no local onde funciona até
hoje, se transformando rapidamente em celeiro educacional de Ituiutaba e
de Minas Gerais.
Um incêndio ocorrido em 1952 levou o João Pinheiro a funcionar na Casa da Cultura, até a total reforma do prédio.
1954 a 1956 – a diretoria novamente
passou a ser representada por uma mulher: Adelina Martins de Andrade
Cardoso, que enfrentou sérias dificuldades, pois com o incêndio , todo o
seu arquivo foi destruído.
1965 – Zina Macedo assume a direção. De
1968 até meados de 1971, o Grupo Escolar João Pinheiro contou com
diretoras interinas na direção.
Em 1972, a professora da instituição,
Neiva Marília de Oliveira Laterza, assume a direção efetiva da escola,
ficando no cargo até 1989.
A escola moderna
1984 marca uma grande conquista para a
comunidade do João Pinheiro e para toda Ituiutaba: a conquista da
extensão de série, que era apenas de 1ª a 4ª, passou a ministrar o
ensino de 5ª a 8ª série do ensino fundamental. O Grupo Escolar passa a
se chamar Escola Estadual João Pinheiro.
1989, outro fato marca a história do João
Pinheiro: Maria Madalena Angelis Alvarez, 1ª diretora eleita pela
comunidade escolar, assume a direção da Escola Estadual João Pinheiro,
de 14 de junho de 1989 a 29 de outubro de 1991, quando a orientadora da
escola, Onilta Magnólia dos Santos, assume a direção.
Em 994, a comunidade escolar,
profissionais da educação e pais indicam como diretora Maria
Divina de Menezes, que foi reeleita para um segundo mandato.
Reconhecimento da qualidade da escola pública
A escola recebe o título de Melhor
Administração do Ano em 1998. Em 1999 a escola foi condecorada com
Diploma, Mérito Administrativo da Aitmap. A diretora Maria Divina
Menezes é reeleita para o terceiro mandato em 2000. Com o reconhecimento
público, a escola recebeu o Troféu Escola do Século XX de Minas Gerais,
em Belo Horizonte. E também o Troféu da Associação dos Professores
Públicos de Minas Gerais (APPMG), e Diploma de Melhor Escola do Século
20 da Aitmap.
Em 2002 e roo3, em virtude da
aposentadoria da diretora Maria Divina de Menezes, assume a direção a
vice-diretora Maria Madalena Angelis Alvarez.
Em 2004, a comunidade indica o professor
Carlos Henrique Araújo Vidigal (Baco) à direção da escola. A partir de
então, a escola adota como filosofia: “Espaço para Criar e Inovar”, com
uma administração democrática e participativa, apoiada pelo Colegiado
Escolar.
Em 2007, a Comunidade Escolar renova a indicação à direção o professor Carlos Henrique Araújo Vidigal (Baco).
Fundação do Grupo Escolar Vila Platina Precursor do João Pineiro
Dr. Fernando Alexandre
O Grupo Escolar de Vila Platina foi o
primeiro do Triângulo. O prédio, na Rua da Matriz, atual Rua 20, entre
as avenidas 17 e 19, foi construída pelo sistema de cotas a partir
de 31 de janeiro de 1905, por um grupo de tijucanos.
Os cotistas eram: Tobias da Costa
Junqueira, Fernando Viela de Andrade, João Alves de Gouveia, Antônio
Joaquim Alves, Joaquim Antônio Alves, Sebastião Joaquim Alves, João
Caetano de Novais, José Alves Tavares, Antônio da Costa Junqueira,
Aureliano Martins de Andrade (Lica Martins), Antônio Domingos Franco,
Francisco Alves Vilela, Aureliano José Franco (Solé), Dr. José Petraglia
e outros.
O prédio era amplo com instalações
funcionais, com ampla frente com oito janelas e uma porta grande bem no
meio, pela qual se chegava a um corredor e às salas de aula. Havia dois
pátios para os exercícios físicos, sendo um para os meninos e outro para
as meninas.
A inauguração
Inauguração do Grupo Villa Platina em 1910, na gestão do prefeito Fernando Alexandre
O Grupo Escolar de Vila Platina foi
oficialmente inaugurado em 1910, durante a gestão do agente executivo,
Fernando Alexandre Vilela de Andrade, que realizou uma das mais
eficientes administrações da cidade, entre 1908 e 19011, quando entregou
obras notáveis para a época, como a primeira canalização de água da
cidade, do Parque do Goiabal até a Praça Benedito Valadares (Getúlio
Vargas) e a abertura da estrada para Uberlândia.
As autoridades do município discursaram,
houve espocar de foguetes, apresentação da Banda de Musica e a
presença de pessoas de destaque na sociedade da época. Participaram o
agente executivo Fernando Alexandre Vilela de Andrade, acompanhado do
presidente da Câmara Antônio da Costa Junqueira; os vereadores Francisco
Alves Vilela e Antônio Domingues Franco (Tonico Franco). O benfeitor da
cidade, já de cabelos brancos, Cônego Ângelo Tardio Bruno, o professor
Francisco de Lorena, futuro diretor do grupo, os médicos Dr. José
Petraglia e Joviano de Castro; os fazendeiros Antônio Severino e João de
Caetano; o coletor Joaquim Antônio da Silva (Taboca), Salatiel,
João Antônio Lisboa,, André Mortati, Manoel do Prado, o comerciante e
fazendeiro José Furtado, Pio Augusto Goulart Brum, jornalista,
farmacêutico, poeta e primeiro presidente da Câmara de vereadores.
Também marcaram presença, Gabriel Garcia,
o fazendeiro Vicente Ricardo, o pedreiro Henrique Pereira dos Santos e o
carpinteiro José Cirilo de Paula.
A Banda de Musica Lira Congressista , que
sempre marcava presença para abrilhantar as festividades e atos
oficiais da Vila, destacou-se de uniforme branco, sob a regência do
maestro Coleto de Paula. Com destaque especial fizeram-se presentes, bem
trajados a rigor, o diretor Benedito Chagas Leite e as professoras,
Alzira Alves Vilela, Minervina Cândida de Oliveira e Ana da Silva
(Sianinha).
A sociedade compareceu em peso, com as
moças e senhoras muito elegantes, com vestidos longos de mangas
compridas, cintura fina, rodados e arrematados com rendas e bordados, de
golas altas rentes ao pescoço. Todas de cabelos levantados e
arrematados em coque, um penteado em moda na época.
Benedito Chagas Leite, na foto com à família, foi o primeiro diretor do Grupo Escolar Villa Platina
Professora Alzira Alves Vilela
Entre muitos professores que marcaram a
história centenária DA Escola Estadual João Pinheiro, merece
destaque a professora Alzira Alves Vilela, pela sua dedicação ao
magistério e bondade com os alunos e demais profissionais da escola, e
também com a comunidade. Era rígida na missão de ensinar, agia com
justiça. Por isso era muito querida e respeitada por todos,
especialmente pelos alunos.
Em 1912 já era professora, tinha 17
anos quando da inauguração da escola. Durante muitos anos foi
diretora substituta do professor Lorena, até a posse do professor José
Ignácio de Souza, em 1915. Era filha do primeiro agente executivo,
capitão Augusto Alves Vilela e de dona Carlota Maria Vilela. Casou-se em
1911, com Manoel Tavares da Silva Jr., filho do fazendeiro e
comerciante Manoel Tavares da Silva, vereador da primeira legislatura.
Morreu em 31 de outubro de 1925, com 32 anos, deixando o filho Cesário
Alves Tavares.
O agente executivo (prefeito) a época,
João Martins de Andrade, escreveu carta em 5 de novembro daquele ano a
seu filho João, que estudava em Campanha, para informar da morte da
professora tão querida, que havia se dedicado na formação de centenas de
estudantes. O teor da carta exprime toda comoção que tomou conta de
todos.
“Dou-te a
triste notícia do falecimento de dona Alzira Vilela... Foi muito sentida
a morte dela, pois sabes o quanto ela era querida deste povo. O
enterramento concorridíssimo como nunca se viu aqui. Tivemos uma perda
irreparável. No cemitério, a cena foi tristíssima, toda a gente estava
verdadeiramente chocada, e a criançada do Grupo em prantos, que
comovia”...
O professor e diretor José Ignácio
O professor José Ignácio chega à Vila
Platina em 1915, para assumir a direção do Grupo Escolar. Ele veio com a
família de Mariana, onde tinha sido diretor do Grupo Escolar Dr. Gomes
Freira. Em seguida, pela falta de professores da cidade, o professor
José Ignácio foi a Mariana para trazer novos professores que pudessem
ajuda-lo. E de lá vieram Jorge Marques (futuro autor do Hino a
Ituiutaba), sua esposa Mariquita e suas irmãs Ester e Mariinha, a mais
nova, com 18 anos. Chegaram em abril de 1920 e regressaram a Mariana, no
final de 1921, terminando o compromisso de aqui permanecer.
Severo e inesquecível professor
O professor José Ignácio marcou a
história do ensino público e particular de Ituiutaba. Antes, as
sucessivas mudanças de direção prejudicavam o planejamento da educação,
pela variação constante dos métodos educacionais. O professor e diretor
(mestre e diretor ao mesmo tempo) mudou para melhor o ensino, pelo seu
vasto conhecimento mostrado na sala de aula e pela capacidade
administrativa e organização indispensável a um estabelecimento de
ensino.
Os relatos mais antigos, que foram seus
alunos, são de admiração pelo muito que aprenderam-, e de respeito, já
que era um disciplinador com métodos que impunham certo medo para muitos
de seus alunos. O uso de régua e o puxão de orelhas puniam os mais
peraltas. Dizem que tinha o hábito de fazer levitar, pegando pela orelha
quem se comportava mal. Certamente, para amenizar o suplício, o aluno
ficava na ponta dos pés, numa tentativa de fazer mais leve o corpo.
Sobravam ainda as repreensões verbas e
outros castigos para os que não aprendiam direito a lição. Usa a
expressão “de pesar morreu um burro”, para advertir o aluno que dava
reposta errada à pergunta do mestre.
À figura corpulenta, cabelos grisalhos
cortados baixo e bigode cerrado, somavam-se uma voz poderosa e reações
assustadoras, como o de arrancar fios do próprio bigode, quando se
irritava, e ameaçar tudo e todos. Não é para menos que os alunos
ficassem assustados.
O professor de civismo
Vindo de Mariana, cidade mineira
histórica e antiga capital das Gerais, o professor José Ignácio, por
isso só despertava a atenção dos alunos quando a disciplina era a
História Mineira, especialmente quando discorria sobre a Inconfidência
Mineira. Além de despertar o patriotismo em face do domínio
português no Brasil colonial , atiçava a revolta dos meninos com
detalhes das punições impostas a Tiradentes e seus seguidores, não sem
antes se deter nas toneladas de ouro que a coroa portuguesa, a título de
impostos, arrebatava do povo mineiro, um dos motivos da revolta. Depois
o seu corpo foi esquartejado e as partes deixada ao ar livre
pelos caminhos de Vila Rica, como exemplo a quem intentasse contra
Portugal.
Nestas lições de história , igual força
narrativa e rica em detalhes usava o mestre José Ignácio para transmitir
aos alunos a punição a Filipe dos Santos, que era português , e foi
precursor de Tiradentes na luta contra o domínio colonizador. A punição a
este foi o enforcamento com a morte no garrote vil, argola de ferro que
apertava o pescoço . Posteriormente , o corpo dilacerado, com pernas e
braços amarrados a parelhas de fortes cavalos, espantados a correr em
direções opostas. Isto na mesma Vila Rica.
Outro recurso utilizado pelo professor
José Ignácio para despertar o civismo eram as aulas sobre personagens da
História do Brasil, como Duque de Caxias (Patrono do Exército
Brasileiro), o general Câmara que derrotou Lopes na guerra do
Paraguaia, os imperadores D. Pedro I e D. Pedro II. Ainda, para a
comemoração das datas cívicas, ensinava a meninada na varanda do Grupo
Escolar, no canto do Hino Nacional, da Independência, da Bandeira, da
República e da Canção do Soldado.
Contribuição à cultura local
A vinda do professor José Ignácio e dos
seus amigos de Mariana repercutiu não somente na vida escolar da cidade.
Jorge Marques e seus irmãos eram músicos. O diretor do Grupo Escolar
incentivava as manifestações artísticas, promovendo a formação de grupos
de alunos que se apresentavam nas festividades locais, em números
musicais e peças teatrais.
Fez sucesso a “Revista Ituiutaba”,
musical apresentado no barracão do cinema Santo Antônio, no final de
1921. O espetáculo foi escrito e musicado por Jorge Marques e
interpretado por professores e alunos do Grupo Escolar e do Instituto
Propedêutico Ituiutabano, escola particular do professor José Ignácio.
A turma do professor José Ignácio de 1921
O diretor era também professor das
quartas turmas do Grupo Escolar, a quem incentivava a continuidade dos
estudos, depois de concluído o antigo curso primário, que era de 1ª a 4ª
série.
Em 1921, o quarto ano primário era
formado por turma de 16 alunos, entre meninos e meninas. Passados quase
um século , seus nomes fazem parte da história da centenária escola. Em
suas vidas praticaram as lições aprendidas no Grupo Escolar, nas
atividades que desempenharam e certamente na formção de suas famílias,
com seus descendentes entre nós, espalhando a aura do João
pinheiro. Alunos da 4ª série do João Pinheiro-1921:
José Soares Jr e Julião Campos do
Amaral (futuros bacharéis) nos primeiros lugares; Guilhermina Tavares
Martins, a Fia, irmã do Valico, e Maria José, Antônio Barbosa, Joaquim
Martins Parreira (Nico Parreira), Elpídio Martins de Carvalho, Hélio
Chaves e Omar Diniz (bacharéis) ; João Petraglia ( futuro escrivão do
crime, delegado de polícia, juiz de paz, contador e fazendeiro); João
Garcia Filho, Messias Cinquini, Pedro de Freitas Barros (futuro coletor
estadual; Tostoi Cardoso, Garibaldi de Oliveira Diniz e Petrônio
Rodrigues Chaves (médico).
Brincadeiras dos tempos do João Pinheiro
Geralmente nas comemorações das datas
cívicas, os João Pinheiros, para distrair a plateia, mostravam suas
habilidade no pau-de-sebo e quebra-pote (quebra cabaça) e
outras brincadeiras, na praça do jardim público. No recreio
do Grupo Escolar, as correrias do pique, repreendidas sem muito efeito, e
as disputas pela bola-de-meia.
Na rua ou no quintal de casa, a garotada
se divertia no jogo de bete, bilocas, pula carniça, peladas com
bola-de-meia e pique. Com frequência , nos meses de calor às escondidas,
outra diversão eram os banhos no córrego São José, Pirapitinga e do
Carmo.
O Batalhão do Cabo Firmino
O Grupo Escolar manteve por algum tempo o
Batalhão do Cabo Firmino, que utilizava o pátio masculino para comandar
os exercícios de ordem unida, depois da aula. Os alunos mais adiantados
formavam o batalhão, com uniforme azul e branco, bonezinho na cabeça,
os graduados “anspeçadas” (posto entre o soldado e o 1º cabo), cabos e
sargentos, com divisas na manga esquerda do uniforme. As “armas” eram
espadas, para os de maior patente, e espingarda, ambas de madeira feitas
por um carapina da cidade.
O Batalhão contribuiu para aperfeiçoar
ainda mais a disciplina exigida e praticada no Grupo Escolar, e como
atividade sadia para a meninada daqueles tempos, sem muitas opções de
brincadeira. Os combates, simulados nos campos arredores da cidade, era
outra atividade “militar”.
Os meninos se apresentavam nas
festividades locais e desfilavam nas datas comemorativas, com uniforme
de blusa azul, calça branca, chapéu branco e botina mateira.
Nas comemorações do cinquentenário de
Ituiutaba, em 16 de setembro de 1951, o ex-cabo Antônio Firmino de
Barros, já funcionário público estadual em Goiatuba/GO comandou pela
primeira vez seu Batalhão. A convite de alguns soldados veio a Ituiutaba
para o desfile. Participaram Dr. José Soares, Pedro de Freitas Barros,
João Petraglia, Tostoi Cardoso e Petrônio Chaves.
Notícia da Folha de Ituiutaba, edição do dia 1º de janeiro de 1944
Ecos da formatura dos alunos do Grupo Escolar João Pinheiro. Foi Paraninfo o Dr. Ciro Franco, promotor de justiça.
Foi bem numerosa a turma da 4ª série do
Grupo João Pinheiro, classe à dedicada professora dona Maria Morais, e
que terminou o curso no ano próximo passado.
Os diplomados do estabelecimento dirigido
pela ilustre educadora dona Silvia Marins de Andrade, comemorando
o acontecimento, organizaram interessante festa no salão nobre da
conceituada casa de ensino oficial, tendo-se procedido a solene entrega
de diplomas, após falaram o aluno Tufi, orador da turma, e o Dr. Ciro
Franco, paraninfo.
Seguiram-se números arte que provocaram
francos aplausos dos presentes. São do paraninfo as palavras que se
seguem e com as quais terminou sua oração:
“Jovens diplomados”:
Hoje é um dia de gala para todos vós.
Aqui estão os vossos pais que um dia os trouxeram e hoje vêm buscar.
Quando vos confiaram às vossas mestras , quase todos, com as mãozinhas
inexperientes feriam com lápis e a pena os papeis que são instrumentos
de cultura e, exercitando as primeiras letras, ligando sílabas, corriam
vagarosamente os olhos sobre o livro. Ides voltar mais aptos, com a
inteligência desenvolvida, com capacidade maior para prosseguirdes nos
estudos.
De uma verdade estejais certos:
adquirindo maior experiência, ampliando discernimento, agora podereis
ser úteis à vossa família e à vossa terra. E porque assim é, já não
ignorais que o Brasil se enriqueceu também com o vosso esforço, pois
lutando pelo vosso progresso, estudando e amando os livros, no vosso
espírito não faltou um lugar para o amor à Pátria que solenizastes em
várias cerimônias, e que já tem lugar de honra reservado à infância e a
juventude, graças a alta sabedoria do cidadão que dirige os destinos da
nacionalidade brasileira, autor de uma obra que nos apresente se
confirma e no futuro se há de melhor reconhecer.
Petrônio Rodrigues Chaves
Petrônio Rodrigues Chaves
Nasceu em Campina Verde, antigo Campo
Belo do Prata. Em 15 de maio de 1910. Mudou-se com a família para
Ituiutaba em 1918. Estudou no Grupo Escolar João Pinheiro a parir do 3º
ano primário. De 1922 a 1927 estudou no Ginásio Diocesano dos Irmãos
Maristas de Uberaba.
De 1928 a 1933 cursou a Faculdade de
Medicina da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Ainda fez, no último ano
de medicina, o primeiro ano de direito além de cursar O Instituto
Católico de Estudos Superiores.
retornou para Ituiutaba em janeiro de
1934, quando abriu seu consultório de pediatria onde trabalharia por 30
asnos consecutivos. Em 1935 casou-se com Aída Martins de Andrade, com
quem teve os filhos Pedro Neto Rodrigues Chaves, Alci Andrade Chaves,
Petrônio Andrade Chaves, Aloisio Andrade Chaves e Eloisa.
Criou o grêmio literário “Grupo
Meia-Dúzia”, em 1934, mantidos nos anos de 35 e 36, editou o “Sertão” e
“Cidade de Ituiutaba”, com a cooperação de Waltruídes Teodoro Novais, da
vizinha cidade de Prata, onde o jornal era impresso. Sempre colaborou
com os jornais “O Diário de Belo Horizonte”, “Folha da Manhã”, de São
Paulo, “Lavoura e Comércio”, de Uberaba, “A Semana”, de Barretos/SP, “A
Cidade de Prata” e “A Notícia”, divulgando as riquezas é potencialidades
de Ituiutaba.
Em 1936 e 1937 manteve uma escola
pioneira na alfabetização de adultos, com ensino gratuito pela sua
preocupação com analfabetismo, era a “Escola do Laurindo”, em homenagem
ao antigo professor primário.
Participou ativamente da vida social,
literária e política de Ituiutaba durante 50 anos. Elegeu-se vereador
pelo partido Social Democrático (PSD) e presidiu a Câmara de 1950 a
1953, durante as quatro legislaturas consecutivas.
Presidiu a Associação Comercial,
Industrial e Agropecuária de Ituiutaba (ACIAPI) duas vezes. Representou a
cidade em diversos congressos de pecuária e participou da 1ª
Conferência Nacional das Classes Produtoras, em Teresópolis, em maio de
1945.
Foi fundador e primeiro presidente do
Aeroclube de Ituiutaba (1939), e depois o quinto presidente (1945).
Participou da fundação e foi o primeiro presidente do Lions Clube de
Ituiutaba, 1960 e 1961.
Fundou o distrito de Chaveslândia, no
município de Santa Vitória, e em Ituiutaba o Bairro Satélite Andradina,
para homenagear a tradicional família Martins Andrade.
Foi professor de Geografia e História,
Higiene e Puericultura no Instituto Marden, do professor Álvaro Brandão
de Andrade. Com a professora Divina Camargo Machado, apresentou
programas educacionais na Rádio Platina.
Na atividade médica, sempre é como
Hipócrates a norteá-lo exercício da profissão, dedicava especial atenção
aos carentes numa época que não havia instituto de assistência médica
gratuita.
Por problemas de saúde encerrou suas
atividades médicas e passou a se dedicar a pecuária, quando realizou
proveitoso programa de seleção de gado nelore, introduzindo a
inseminação artificial e métodos da zootecnia. Dr. Petrônio Rodrigues
Chaves faleceu em 1985.
Jubileu de Diamante da Escola Estadual João Pinheiro
João Petraglia, em crônica publicada
no Jornal Cidade de Ituiutaba, em 22 de dezembro de 1983, reproduzida a
seguir a seguir-como não poderia deixar de ser pelo jornalista e
historiador que era-descreve em detalhes o momento da inauguração do
Grupo Escolar que viria a ser a Escola Estadual João Pinheiro. Pela
descrição à custa de pesquisa e de documentos e de relatos dos moradores
mais antigos, pois João Petraglia nascera em 1907, fica a certeza de
que o momento era realmente histórico- o que está comprovado pelo tempo.
Toda pequena cidade se mobilizou para a inauguração, com seu momento
solene, de discursos, de entretenimento, com a apresentação de banda e
espocar de foguetes. A crônica foi motivada pelos 75 anos da “Escola
João Pinheiro” (Bodas de Diamante). O autor, cronologicamente, cita com
os primeiros professores e diretores, lembra o incêndio e suas
consequências e, finalmente, exalta a escola formadora de profissionais e
homens para a cidade e o país. Por fim, humidade, parabeniza a escola
onde estudou pelos 75 anos, não se dando conta que já era parte da
Escola Estadual João Pinheiro, agora centenária.
João Petraglia
“Há setenta e cinco anos, foi solenemente
inaugurado, na então Vila Platina, o estabelecimento de ensino “Grupo
Escolar Vila Platina”, posteriormente denominado “Escola Estadual João
Pinheiro”, à Rua 20 com Av. 17.
À polução rejubilou-se com essa
inauguração, porque de há muito se fazia necessária uma escola publica
para atender ao número elevado de crianças em idade escolar, sendo
insuficientes as escolas particulares existentes.
Essa escola veio, portanto, preencher uma
grande lacuna no meio estudantil, satisfazendo plenamente a uma justa e
antiga aspiração do povo tijucano.
Mas- diga-se de passagem- o prédio foi
construído municipalidade, mediante a contribuição em dinheiro de um
grande número de homem de posse. O Estado, por certo, não pode fazer
esta construção ficando a cargo do município essa providência para que
pudesse funcionar a escola.
A inauguração ocorreu no dia de
Tiradentes-21 de abril de 1908, na gestão do Agente Executivo, Fernando
Alexandre Vilela de Andrade, com a presença do saudoso Cônego Ângelo
Tardio Bruno, vigário da Paróquia, das autoridades, chefes políticos,
vereadores e demais pessoas gradas e do corpo docente composto pelo
diretor Benedito das Chagas Leite e das professoras Minervina, Alzira
Tavares e Sinhaninha, e do corpo discente em número uns cem alunos,
brilhando como sempre a Banda de Música “Lira Congressista”.
Para se ter uma visão desta verdadeira
festa cívica só se vendo uma foto tirada nessa ocasião, o qual se acha
em meu poder, deixando de publicá-la por não prestar clichê, mas passo a
descrevê-la: aparece o edifício vasto e amplo com o nome em letras
garrafais Grupo Escolar Vila Plattina, um palanque no qual ficaram os
srs. agentes executivos e demais autoridades, vereadores e pessoas
gradas; em baixo, no centro, o Cônego Ângelo, ladeado pelo Cel. Antônio
Severino da silva, João Caetano e alunos; em primeiro plano os médicos
drs. José Petraglia e Joviano de Castro, os farmacêuticos Pio Goulart
Brum e José Furtado, os fazendeiros Salatiel e José Paulino, comerciante
José Antônio Lisboa e demais fazendeiros e lavoristas; ao lado, o
diretor Benedito das Chagas Leite e as professoras Dona Alzira Tavares,
Minervina e Sinhaninha; aos fundos, a banda de música e um grande número
de assistentes, encostado à parede, um repórter do jornal “Gazeta de
Notícia” de Uberaba.
Ao primeiro diretor sucedeu o saudoso
professor Francisco Antônio de Lorena, mais tarde afastado do cargo por
motivo de doença, ficando fechado o estabelecimento até que, em
princípios de 1919, assumiu as funções de diretor o Sr. José Ignácio de
Souza, vindo de sua terra Mariana/MG, de onde veio posteriormente o
maestro Jorge Marques, acompanhado de sua família e de suas irmãs
professoras Ester e Mariinha, as quais lecionaram por algum tempo no
Grupo Escolar, prestando bons assinalados serviços, no memento em que
havia grande falta de professor, depois destas, vieram de Grão-Mogol
três professoras que lecionaram em período curto à sua terra.
Uma vez foi o atual edifício da Escola
Estadual João Pinheiro incendiado, quando se achava em ruínas, sendo
depois radicalmente reconstruído, com uma vasta área construída,
confortável e pátios amplos.
É, porém, lamentável a destruição do
arquivo, ficando hoje a diretoria em serias dificuldades para informar
sobre ocorrências importantes, como por exemplo, das diretoras que
funcionaram na escola, e dos alunos diplomados no curso primário, no
período anterior a esse incêndio.
Por esse estabelecimento de ensino
passaram milhares de alunos que hoje, na sociedade, só tem palavras de
gratidão e de elogios às diretoras e aos professorados pelos bons e
sólidos conhecimentos adquiridos.
A atual diretora e Exma. Sra. Dona Neiva
Marila Leite de Oliveira Laterza enviada esforços no sentido de
comemorar condignamente o Jubileu de Diamante da Escola Estadual “João
Pinheiro”, uma data tão cara a todos nós, ituiutabanos, que não poderia
ficar despercebida”. Parabéns!
João Petraglia
O cronista e historiador João Petraglia
nasceu em 20 de março de 1907 e é filho do primeiro médico de Ituiutaba,
Dr. José Petraglia, natural da Itália e de Emerenciana Conceição
Petraglia. Portanto, os petraglias foram uma das primeiras famílias
italianas a residirem em Ituiutaba.
Iniciou seus estudos em Ituiutaba depois
foi para o Colégio Salesiano, em Lavrinhas/SP. Estudou também no Liceu
de Artes e Ofícios do Sagrado Coração de Jesus, no Bairro Campos
Elíseos/SP.
Em 1925, João Petraglia regressou a
Ituiutaba e foi o primeiro datilógrafo, durante vários anos, no Fórum,
como Escrivão do Crime, Escrevente Juramentado no Cartório do Segundo
Ofício.
Em 1944, fundou em Ituiutaba o Jornal
“Folha da Semana”, que mais tarde, foi transferido Ercílio Domingues da
Silva e Eurípedes de Freitas.
Em 1945, exerceu a função de juiz de paz,
na gestão do prefeito Jaime Veloso Weinberg; em 1946 ocupou o cargo de
delegado de polícia.
Durante vários anos João Petraglia foi
produtor rural, proprietário da fazenda Córrego Fundo Por mais de 50
anos escreveu artigos, crônicas e notas para os jornais e revista de
Ituiutaba. Excelente historiador foi considerado “Arquivo Vivo de
Ituiutaba”.
João Petraglia residiu em Ituiutaba, na
Rua 22, nº 922, onde funcionou mais de 40 anos, seu escritório comercial
de serviço e datilografia em geral, contratos, recibos, documentos
comerciais e jurídicos, exercendo uma verdadeira advocacia
administrativa. Foi diretor da Escola de Datilografia Remington . onde
várias gerações de ituiutabanos aprenderam a arte de escrever a maquina.
“Meu Grupo Escolar João Pinheiro”
Odilon Machado e sua esposa Divina Camargos de Morais
Quando foi homenageado pela direção da
Escola Estadual João Pinheiro, nas comemorações dos 75 anos da
instituição, em 1983, o farmacêutico Sr. Odilon Machado de Morais,
representando os primeiros alunos, falou aos presentes à ocasião.
Preferiu lembrar mais o sentimento, a
maneira como aprendeu uma lição escolar, do que fazer do que fazer um
apanhado histórico da escola. Sensibilizou porque deixou bem claro e
vivo o que representava na sua v ida a escola onde foi matriculado em
1922, no primeiro ano primário, permanecendo ali até a conclusão do
quarto ano em 1926.
Odilon, em dado momento de sua fala,
chamou a escola de “Meu Grupo Escolar João pinheiro”, demonstrando assim
todo amor que nutria pela escola e externando toda saudade dos tempos
de menino- aluno, pois que disse recordar-se do vozeiro da meninada e do
sino chamando para aula. A forte ligação entre Odilon e o João Pinheiro
explica-se, em parte, morou toda vida em frente a escola.
O homenageado exaltou a importância da
escola para formação educacional e social para milhares de pessoas,
resultado da dedicação também reconhecida dos professores, funcionários e
diretores do João pinheiro. A seguir, a reprodução do texto escrito e
lido por Odilon Machado, em 15 de setembro de 1983.
“O convite a mim endereçado pela diretora
da Escola Estadual João Pinheiro”, senhora Neiva Marila de Oliveira
Leite Laterza, para representar nesta solenidade, o aluno mais antigo
deste estabelecimento de ensino, sensibilizou-me profundamente.
Este Grupo Escolar criado pelo decreto
2.327 de 22 de dezembro de 1906, denominou-se “Vila Platina” foi
instalado da administração do então agente executivo, Dr. Alexandre
Vilela de Andrade, figura de destaque na galeria dos homenageados
ilustres de Ituiutaba.
Mais tarde foi dado ao “Vila Platina” o
nome de Sr. Odilon Machado de Morais e sua esposa Divina Camargo
Machado. Grupo Escolar “João Pinheiro”, em homenagem ao estadista
mineiro.
Jamais eu poderia admitir que o menino
Odilon, que aqui chegou aqui em 1922, teria sua vida tão ligada a este
Grupo e que seria testemunha da sua gloriosa trajetória nestes 61
anos. Digo testemunha, pois, em 1922, matriculei-me no primeiro ano
primário no referido estabelecimento de ensino, cursando os quatro anos
de currículo, recebendo o diploma de encerramento do curso primário em
1926. Era diretor nesta época, o professor José Ignácio de Souza, figura
marcante no magistério mineiro, pela sua vasta cultura e ampla visão
pedagógica e humanística.
José Ignácio concitava aos seus alunos a seguirem seus estudos, após o término do curso primário.
Seguindo sua orientação, moços da nossa
terra, como José Soares Junior, Pedro de Freitas Barros, Cícero de
Barros, Napoleão Faissol, Reinaldo Bertoni, Salim Féres, Cesário Alves
Tavares e muitos outros fizeram seus cursos médios e superiores em Ouro
Preto, São Paulo, Juiz de Fora, Ubá e Uberaba, tornando-se homem de
destaque na sociedade local.
Na posso deixar de citar, “e o faço com
respeito e emoção” o nome de minha professora Alzira Alves Tavares,
educadora emérita, enérgica, intransigente. Naquele tempo ainda se
aplicava castigo corporal ao aluno, pouco aplicado. Não me esqueço das
reguadas e puxões de orelha que recebi, por não aprender a conta de
diminuir.
Aquele “negócio de pedir emprestado ao
vizinho não entrava em minha cabeça”. Dona Alzira, zelosa levava-me à
sua casa a noite, explicava-me pacientemente e com poucas lições
aprendi, pois, em sua casa era tratado com carinho e amizade e não tinha
receio do castigo.
Lembro-me referindo-se a mim: ”O Odilon
aprendeu a conta de diminuir” e, rindo, afirmou: “água mole em pedra
dura, tanto bate até que fura”. Em compensação eu gostava muito de
Geografia e História, sendo o primeiro da classe nestas matérias.
Estas e outras recordações comoventes
povoam o meu espírito envolvendo-o em suaves lembranças. Quando
cursávamos o terceiro ano, fomos colhidos pelo infausto acontecimento da
nossa mestra dona Alzira. Sentimos um vazio que perdurou por muito
tempo no decorrer da nossa vida! Dona Alzira era a mãe do nosso amigo
Cesário Alves Tavares, cidadão probo, exemplar chefe de família.
Quando foi introduzido o escotismo no
Brasil houve uma grande expansão do mesmo e o nosso João Pinheiro
recebeu com entusiasmo essa doutrina cívica e, em breve estávamos,
menino e meninas de uniforme de brim caqui e lenço verde ao pescoço,
desfilando garbosamente pelas poeirentas ruas de Ituiutaba, entoando os
hinos nacional, da liberdade e o da canção do soldado.
Em 1927 o Grupo foi transferido pra o seu
prédio, este mesmo que até hoje o abriga. O antigo não pertencia ao
Estado, cidadãos ituiutabanos, amantes do progresso e da instrução o
construíram, cedendo-o ao Estado para seu uso provisório. Este prédio
antigo ficava defronte ao atual.
Por coincidência, fui eu o demolidor do
mesmo, pois, o meu saudoso pai, Joaquim Machado de Morais, comprou o
dito prédio, em 1931, passamos a residir nele, até que, em 1950, eu o
demoli de vez, construindo na área a minha residência definitiva.
Acompanho com interesse e amor,
diuturnamente, as atividades deste Grupo Escolar e posso afirmar que é o
responsável pela implantação do ensino primário em Ituiutaba. Por este
estabelecimento modelar tem passado de gerações em gerações da nossa
terra, delineando futuras professoras, extraordinárias no seu sacrifício
e no seu ideal de elevar e cultivar o ensino que é padrão.
Nesta caminhada de 75 anos, só pôde
sobreviver, sobranceiramente, aquele que, recuando no tempo verificou
que sua vida foi de realizações positivas, podendo afirmar, em fim, que
cumpriu com seu dever, foi utilíssimo à comunidade, incutiu no jovem “o
homem de amanhã” os princípios que irão nortear seus passos, já que
recebeu, na forja do saber, os ensinamentos que consolidam a base de uma
nação: Deus, Pátria e Família. Mas para e chegar ao topo desta
caminhada foi necessário subir 55 degraus, um a um, degraus estes cheios
de anseios, apreensões, renúncias e, consequentemente, de glórias.
Superintendente Neidson Rodrues participou das comemorações do Jubileu de Diamante da Escola João Pinheiro
Vitorioso este Grupo teve sempre a
felicidade de encontrar verdadeiras mestras, em cujos corações palpita o
civismo da mulher mineira.
Você, Neiva, filha de Epaminondas e de
Maria Divina, casal de nobreza ímpar, que enfrentando com arrojo o
trabalho árduo, as dificuldades naturais dos verdadeiros chefes de
família formou seus quatro filhos, dando-lhes diploma de direito,
odontologia, engenharia e magistério, que está, cada um exercendo as
suas atividades, servindo a comunidade tijucana.
Você, Neiva, minha filha por adoção
afetiva, menina e moça que tive o prazer de conduzir muitas vezes em
companhia de minhas filhas Marilena e Marluce ao colégio Santa Marcelina
em São Paulo, onde estudavam, você soube guardar e transmitir os sábios
ensinamentos que as Marcelinas depositaram em sua alma. Você não é a
diretora temida, pois, você dirige este estabelecimento de ensino como
se fora seu próprio lar, a sua própria família; com serenidade, amor,
equilíbrio, transmitindo um clima de paz entre professores, pais e
alunos.
Na sua pessoa, saúdo os diretores,
professores e funcionários que deram tudo de sim e que, com mãos firmes
no leme, levaram esta nau de 75 anos ao um Porto Seguro.
Meu Grupo Escolar João Pinheiro: vejo-o
no antigo casarão, ouço o sino tocando nos chamando às aulas, ouço o
vozeiro dos colegas no velho pátio a bola de meia, num arremedo do
futebol... Veja a servente Petronilha de classe em classe, avisando os
professores nas mudanças de horários. Em fim, continuo vendo e ouvindo
você, comprimindo o seu glorioso destino de forjar homens para este
Brasil querido, Brasil de Henrique Dias, de Camarão, de Tiradentes,
Felipe dos santos, de Pedro I, de Pedro II, de Caxias , Osório, de Rio
Branco e Floriano Peixoto, de João Figueiredo e de Jucelino Kubistschek.
Peço-lhe desculpas por ter-me alongado
tanto, mas é um velho de 70 anos a relembrar, eu que vivo, vibro e
participo de todas as coisas boas de nossa terra.
E você, Grupo Escolar João Pinheiro, é um pedaço de meu ser... Que Deus, na sua infinita bondade, o proteja sempre.
Peço a minha senhora, Divina, para oferecer à diretora Neiva uma lembrança nossa.
Obrigado”!
Coluna K Entre Nós
Manoel Tibúrcio - 1983
A crônica do jornalista e advogado
Manoel Tibúrcio Nogueira, publicada no dia 22 de dezembro de 1983, traz
no trecho reproduzido aqui, um capítulo a mais da centenária escola.
Assim como foram extremos os esforços
das autoridades locais, especialmente do agente executivo Fernando
Alexandre Vilela de Andrade, para a criação do Grupo Escolar, foi
preciso muita determinação para contornar a ameaça de fechamento
definitivo do Grupo, praticamente dois anos depois de instalado.
Outra lembrança reavivada pelo artigo
é a escola generosa, pois o João Pinheiro foi o berço de outros
estabelecimento de ensino criados em Ituiutaba, até que tivesse seus
prédios próprios. Dr. Manoel ressalta ainda a importância da escola,
pela sua resistência ante as dificuldades em servir.
“O primeiro Grupo Escolar da rede oficial
de ensino, no Triângulo Mineiro, foi criado em Ituiutaba. Foi criado
por decreto do presidente do Estado de Minas Gerais, datado de 22 de
dezembro de 1908. Dita escola, por conseguinte, completa, no dia de hoje
75 anos de existência.
Quando foi criada, se chamava “Grupo Escola de Vila Platina”.
Àquele tempo, era agente executivo do município de Vila Platina o notável homem público Fernando Alexandre Vilela de Andrade.
O Estado criou o Grupo Escolar, pelo já
mencionado decreto de 122 de dezembro de 1908, que trazia o número 2325
dotando-o de quadro de quatro professores e um porteiro. Não estalaria,
contudo, senão depois de a comunidade platinense ultimar o prédio
respectivo.
Havia sido construído, na cidade, um
prédio escolar, destinado a abrigar o Colégio Santo Antônio. Tobias da
Costa Junqueira e outros companheiros eram os proprietários.
Vendo criado o Grupo Escolar sem
possiblidade de instalação, por falta de prédio, o Dr. Fernando
Alexandre diligenciou junto aos proprietários do Colégio Santo Antônio,
apelando para a generosidade e espírito comunitário e culminando por
pedir o prédio para funcionar a primeira escola primária pública (do
Estado de Minas) no Triângulo Mineiro.
O prédio foi doado. Foi passada a
escritura, com registro e tudo, apenas condicionado, no instrumento
lavrado, que “a dação duraria enquanto existisse e funcionasse o Grupo”.
Significava isso de ver dizer que, em
coso de paralização das atividades ou extinção da escola, o prédio doado
seria revertido aos doadores.
Dois anos depois de criado, e instalado, o
Grupo Escolar Villa Platina- primeira escola estadual do Triângulo
Mineiro- teve sua atividade suspensas por prazo indeterminado, ao
fundamento de que cessara a frequência escolar. Os professores foram
colocados em disponibilidade.
Mais uma vez se fez valer a grande
autoridade do Dr. Fernando Alexandre Vilela de Andrade. Sem mais tardar
encaminhou criterioso ofício ao então Secretário do Interior, Dr. Delfim
Moreira, no qual protestava contra suspensão das atividade na escola.
Segundo apontamentos do estudioso Dr.
Hélio Benício de Paiva, o ofício do Dr. Fernando Alexandre tinha entre
outros, o seguintes dizeres:
“A suspensão, Exmo. Sr. Do Grupo Escolar
foi injusta, por quanto a falta de frequência legal nos últimos três
meses, foi a devida epidemia de varicela ou varíola que se propagou
entre o povo do município, com o abandona da lavoura e retardo dos
negócios. Ao demais, a suspensão do Grupo Escolar traria também grandes
prejuízos ao estado, por enquanto tendo a escritura do prédio
condicional, enquanto existisse e funcionasse o Grupo, voltaria a posse
do prédio aos particulares e a esta Câmara”.
O ato do Governo suspendendo as
atividades do Grupo Escolar de Villa Platina por tempo indeterminado foi
revogado. O estabelecimento de educação continuou funcionando, servindo
à comunidade, com galhardia, como continua até hoje.
O primeiro diretor daquela escola foi o professor Benedito Chagas Leite.
O Dr. Fernando Alexandre não permitiu que
fosse fechada, tomando providências enérgicas, como era de seu
espírito, junto ao governo do estado esses fatos, ao lado de tantas
outras virtudes e vantagens daquela escola, então dizer que o “João
Pinheiro” deverá ser sempre merecedor da atenção especial não somente de
Ituiutaba inteira, mas de Minas Gerais, por sua autoridades.
Algum tempo depois, quando Villa Platina
já ostentava as promessas de desenvolvimento da Ituiutaba moderna dos
nossos dias, o primeiro Grupo Escolar oficial da rede estadual, do
Triângulo Mineiro, passou a chamar-se João Pinheiro”.
Desde quando meus olhos podem contemplar a
Ituiutaba querida, que possui um espaço definitivo em meu coração,
conheço o Grupo Escolar “João Pinheiro” instalado no imponente prédio da
confluência da Rua 20 com Av. 17. Estudei lá. O “João Pinheiro” abria
suas portas a outras escolas. Do mesmo modo que o Colégio “Santo
Antônio” cedeu seu edifício ao “João Pinheiro” (quando criado com outro
nome), também este serviu ao Grupo Escolar Mascarenhas à Escola Noturna
“Machado de Assis”, do município que eu tenho conhecimento.
Convém rememorar a história da escola. O
Dr. Fernando Alexandre não permitiu que fosse fechada, tomando
providências enérgicas, como era de seu espírito, junto ao governo do
estado. Esses fatos, ao lado de tantas outras virtudes e vantagens
daquela escola, estão da dizer que o “João Pinheiro” deverá ser sempre
merecedor da a atenção especial não somente de Ituiutaba inteira, mas de
Minas Gerais, por suas autoridades.
K Entre Nós
Afinal, trata-se de primeiro Grupo
Escolar oficial do Triângulo Mineiro. E está completando hoje, 22 de
dezembro de 1983, 75 anos de bons serviços”.
Comentário
Não podia faltar na Revista 100 anos
da Escola João Pinheiro a participação do advogado historiador de
Ituiutaba, Hélio Benício de Paiva. Mesmo que nada escrevesse, estaria
participando mesmo assim, porque é fonte da história de Ituiutaba e
região para quem pretende trilhar pela fidelidade e correção ao
escrever ou pesquisar.
Convidado a colaborar com esta
publicação, já no primeiro contato citou de memória fatos importantes e
aspectos longínquos no passado no passado da Escola Estadual João
Pinheiro.
Não lhe foi determinado nenhum tema
específico, na certeza que brindaria a todos com algum escrito inédito e
surpreendente, relacionado à Escola Estadual João Pinheiro.
Dr. Hélio Benicio de Paiva, natural
de Prata, por amor a Ituiutaba, não perde uma oportunidade de dizer que
aqui chegou em 1940. A seguir, um texto sobre o Estadista Mineiro que
empresta o nome à nossa centenária escola.
Centenário de morte do Presidente e Estadista João Pinheiro da Silva
Ao centro, João Pinheiro da Silva, em 1906 em Caete
Hélio Benício de Paiva
Dentre as figuras de pró-homens das
Gerais, os biógrafos, em consenso, sobressaem a personalidade convicta
de republicano de João Pinheiro da Silva, por existência austera e
retilínea, empreendedora e realizadora de um ideal de bem servir e zela
pelo interesse público.
De família profundamente pobre,
revelou-se, desde criança, inteligente, organizado, constante em ser não
o que era, mas o que resolvera ser.
Filho de uma mineira de Caeté, Carolina
Augusta de Moraes Pinto, e de um imigrante italiano Giusepe Pignataro,
que, por conta própria, passou a s chamar José Pinheiro da Silva,
nasceu, em 16 de dezembro de 1860, na tradicional e histórica cidade do
Serro. Foi um homem de luta e vencedor. Em menino, foi sacristão e, mais
tarde, para garantir os estudos, exerceu o jornalismo, empregado de
laboratório, professor de física e química em São Paulo, em cuja
Faculdade de Direito se formou em 18 de outubro de 1887.
Iniciou sua carreira profissional em Ouro
Preto com muito êxito. Fundou o Partido Republicano Mineiro e o Jornal o
“Movimento”. Desempenhou, com brilho, os cargos de deputado federal e o
de senador, demonstrando sempre defensor do interesse público.
Decepcionou-se, porém, com a caciquismo do PRM e da política mineira,
retirou-se para Caeté, e tornou-se empresário de uma cerâmica.
Viveu dez anos isolamento. Francisco Sales, depois de muita troca de
correspondência, trouxe-o, de novo, à arena política, nomeou-o
presidente do Congresso Agrícola de Minas Gerais, que obteve maior êxito
e repercussão nacional. Criou uma Fazenda-Modelo, com ensino atualizado
aos fazendeiros de Minas, que, até, podiam trazer empregados para
aprendizado das máquinas, estagiando ali por oito dias. Estimulou, com
meios técnicos , o desenvolvimento da agricultura em Minas Gerais,
criando novos modelos da Fazenda Gameleira, em Belo Horizonte, no sul,
no norte e Zona da Mata de Minas. Tornou-se um sucesso, com elogios da
iniciativa, pelo Presidente da República em Mensagem ao Congresso
Nacional, reconhecendo a importância do empreendimento privado com apoio
do Poder Público. Mostrou, à evidência, a necessidade de boas estradas
para circulação da produção.
Mais. No setor penitenciário, trouxe
excelentes inovações. Dava trabalho aos presos, com oficina
especializada. Impulsionou a indústria, ao procurar aparelhá-la em face
da concorrência.
“Entretanto, a obra que mais projetou o
nome de João Pinheiro, como administrador, foi a reforma e ampliação do
ensino primário e profissional. Auxiliado por secretário operoso,
dedicado e culto, deu nova estrutura ao ensino primário, que foi
dividido em três tipos: escolas isoladas, grupos escolares e
escolas-modelos, estas últimas anexas às Escolas Normais. No seu Governo
foram criados os primeiros grupos escolares. Foram determinados os
horários para as diversas disciplinas do currículo, medidas relativas à
frequência, determinadas providências concernentes à higiene nas
escolas, fiscalização e estímulo aos professores, com estabelecimentos
de prêmios”. (Waldemar de Almeida Bargos, “História de Minas”, III, pág.
664 e ss.).
João Pinheiro da silva exerceu funções de
Governo do Estado de Minas de 1906 a 25 de outubro de 1908, quando
faleceu vítima de doença grave. Antes, em 1890 exercera a Governança do
Estado, quando editou medidas de alta relevância prática e econômica
para o Estado. Gozava de altíssimo prestígio, seu nome apontado para
presidente da República.
Daniel de Carvalho, segundo Waldemar
Barbosa, assim descrevia o perfil de João Pinheiro: “Alto, magro, mas
vigoroso, moreno, bela cabeça de cabelos crespos, fonte larga, olhos
vivos, nariz bem desenhando, tinha João Pinheiro uma figura majestosa.
Dir-se-ia que a natureza o marcara para um grande papel. Acolhia a
todos com naturalidade e fisionomia aberta”.
Na administração pública, foi um exemplo
de vida, para a juventude e gerações futuras, na sua profissão de fé
republicana e na intransigente defesa da república. Desenvolvimentista
de nascença, mais eu inteligente, muito talentoso, possuidor de ideias
administrativas avançadas para seu tempo, considerado, por Geraldo
Ponciano, “Patrono dos Ideais dos Trabalhadores”, João Pinheiro, na sua
fidalguia, foi um sonhador realista, de cabeça fria e pé na terra, de
coração de ouro, no seu grande amor por Minas Gerais.
Escola Estadual João Pinheiro
Adiante na Educação e na defesa da Liberdade
“Em Minas, já não mais se admite uma
escola fechada em si mesma, distanciada das realidades locais e da
problemática do aluno. A escola tem que ser o espaço da libertação do
homem”.
Octávio Elíseo – Secretário de Estado da Educação no Governo Tancredo Neves – 1983.
A história da Escola Estadual “João
Pinheiro” registra a participação do Secretário de Estado da Educação,
Octávio Elíseo Alves de Brito, nas comemorações dos 75 anos da
instituição. Era 1983, ano que haviam tomado posse os governadores
eleitos diretamente em 1982, assim como os prefeitos das capitais.
Tancredo Neves era o governador mineiro. Durante o regime militar
instalado em 1964, os ocupantes destes cargos eram indicados pelo
governo federal.
A presença do secretário de Estado em
Ituiutaba tinha significados festivos e políticos. As paralisações,
greves e manifestações por melhorias no ensino e valorização dos
profissionais da educação ocorriam em todo País. O secretário trazia a
mensagem do governador do que seria a escola estadual nestes novos
tempos.
Professores, diretores e outros
profissionais da rede estadual de ensino,, também tinham suas
reivindicações, ideias e práticas a apresentar, rompendo assim anos de
distanciamento ditados pelos últimos 18 anos de regime político,
quando valia somente a imposição.
Em Ituiutaba, o secretário Octávio Elíseo
afirmou que “a escola não deve ser apenas o lugar onde a crianças
aprende a ler, escrever e contar, mas o espaço onde o aluno encontra os
meios necessários para perceber o seu papel na sociedade e se
transformar num cidadão consciente dos seus direitos e deveres”.
O Governo Mineiro havia promovido a
realização do Congresso Mineiro da Educação, para colher da sociedade e
dos professores os subsídios necessários à mudança, com resultados
positivos, na avaliação do secretário Octávio Elíseo. “Ao participar
amplamente do Congresso, juntamente com todos os setores da sociedade,
os professores perderam o medo de falar, expor suas ideias e apontar
alternativas para o ensino de Minas”.
Não sabia o secretário que a Escola
Estadual “João Pinheiro”, já percorria este caminho0, pela ampla
visão dos seus diretores, especialmente à época, e pela formação
libertária da nova geração de professores e outros profissionais. O
ensino não somente nos livros e quadros-negros, mas nos textos e
exercícios copiados no mimeógrafo, nos temas das redações, encenações
teatrais, atividades extracurriculares e extraclasses.
Eram também as primeiras atividades no
sentido de estabelecer o conceito prático de comunidade escolar,
com a participação dos pais e comunidade na vida da escola.
A nova Escola, na visão do governo mineiro
“Podemos orgulhar do momento atual da
Escola Estadual João Pinheiro como escola pública de qualidade. A escola
ocupa uma posição de proficiência do Exame de Educação do Estado de
Minas Gerais, bem como em nível nacional”.
“É neste cenário que a Escola Estadual
João Pinheiro confirma seu compromisso com a sociedade, promovendo uma
educação de qualidade, respeitando as diversidades culturais, com vistas
à formação dos alunos com diferentes motivações, interesses e
capacidades, possibilitando-os ingressarem num mundo que está em
constante mudança, de forma competente e com habilidades para melhorar
sua vida social e profissional”.as
A Direção
A Escola sempre na defesa do Ensino
A Escola Estadual "João Pinheiro" era a primeira e também pioneira,
sempre à frente do seu tempo, implantando novos métodos de ensino, de
direção escolar e aperfeiçoamento as políticas oficiais de ensino.
Por isso se destacou e sempre se colocou entre as primeiras das escolas
estaduais. O resultados dos seus alunos em avaliações aplicadas
para a medição da qualidade do ensino atestam esta condição.
A Escola Estadual João Pinheiro foi aberta a inovações quando o modelo
de escola pública era fechado em si mesmo, mais pela imposiçao de
políticas oficiais e falta de recursos do que pela falta de dedicação de
diretores e professores. Assim mesmo foi palco de mivimentos e
discussões que alimentaram a causa do ensino, presuposto de mais
liberdade e participação de todps na vida política do País.
Aos primeiros ventos de liberdade depois de extinto o regime militar ,
com as eleições diretas para governador em 1982, um dos primeiros
manifestos pela valorização da Educação em Minas Gerais, sob o governo
de Tancredo Neves, deu-se na Escola Estadual João Pinheiro, quando da
visita do então secretário de Estado da Educação, professor
Octávio Elíseo Alves Brito, que atendia convite da direção da escola
para particpar das comemorações das Bodas de Diamante, em 1983.
A Escola Estadual João Pinheiro, então
com 75 anos, não estava engessada pelo tempo e muito menos adormecida
pelos anos em que o ensino não foi prioridade neste País. A Escola
Estadual João Pinheiro estava, sim, com as forças e as esperanças
representadas e não se omitiu quando o momento era de exigir
melhorias na Educação de Minas Gerais, com valorização de qualidade para
os estudantes.
E também era tempo de reivindicar avanços
e melhorias para a própria escola, como reforma do prédio, quadras
poliesportivas , construção de mais salas de aula e extensão de série,
para que os estudantes pudessem cursar até a 8ª série.
A diretora Neiva Laterza, toda comunidade
escolar, diretores e professores das demais escolas de Ituiutaba,
recepcionaram em 15 de setembro de 1983 o secretário de Estada da
Educação Octávio Elíseo, que veio representar o governador Tancredo
Neves nas festividades da primeira escola pública de Minas Gerais.
O discurso da diretora da Escola Estadual
João Pinheiro, naquele momento, foi a voz de todas as diretoras,
professores e estudantes da rede estadual de ensino mineiro. O
pronunciamento entrou para a história, pelos 75 anos da escola, pela
presença do secretário Estadual da Educação e também pelas
reivindicações de todo setor da Educação. A Revista 100 anos da Escola
Estadual João Pinheiro, reproduz o discurso.
“Exmo. Sr. Secretário de Estado da Educação, Octávio Elíseo Alves de Brito. Autoridades presentes, professores, pais e alunos.
Na comemoração do Jubileu de Diamante da
Escola Estadual João Pinheiro, honra-nos e gratifica-nos sobremaneira a
presença do Exmo. Sr. Secretário de Estado da Educação, Professor
Octávio Elíseo Alves Brito.
Em V. Excia. Sr. Secretário, saudamos o
abnegado mestre de nível superior de mais de duas décadas, o
administrador competente, o estadista emérito, o político leal e sincero
e o grande artífice do projeto Educação para a Mudança.
Criado pelo Decreto nº 2.327, de 22 de
dezembro de 1908, com o nome de “Vila Platina” e instalada na
administração do agente executivo Dr. Fernando Alexandre, cujo gênio de
administrador extraordinário nunca è demais ressaltar, a Escola Estadual
“João Pinheiro” tem prestado inestimáveis benefícios à gente tijucana,
instruindo e educando incontáveis gerações ao longo de seus 75 anos. E é
justamente nas comemorações de seu Jubileu de Diamante que, como que se
transfigurando e renascendo, esta antiga casa, se prepara para
ingressar resolutamente no projeto Educação para a Mudança em tão boa
hora lançado pelo eminente governador Tancredo Neves e sua equipe de
auxiliares, em que ocupa lugar de destaque, o Exmo. Professor Octávio
Elíseo Alves de Brito.
Queremos dizer a V. Excia. Sr.
Secretário, que esta trincheira avançada da instrução e da educação,
esta anciã de 75 anos, se encontra em pleno vigor, apta a caminhar com
V. Excia., na marcha da Educação para a Mudança.
Lançadas, que foram, ao debate e à
análise dos educadores e da sociedade, as questões que envolvem o
projeto, temos para nos que ele somente produzirá SOS almejados
resultados se estiver real e firmemente alicerçado no restabelecimento
da dignidade da escola pública, para que ela desempenhe seu papel de
democratizadora da cultura e do saber, acumulados pelo conjunto da
sociedade, e que para tanto é mister a valorização dos profissionais da
Educação e melhoria da qualidade do ensino.
E é também certo que a valorização dos
profissionais da Educação pressupõe: o respeito ao magistério como
atividade indispensável à prevenção, produção e transmissão do saber;
adequada preparação dos profissionais da área, que viabiliza essas
práticas; remuneração compatível com a importância da profissão;
garantia dos direitos trabalhistas; maior e mais efetiva participação,
por intermédio das entidades da classe e coesas em suas proposições, na
definição e execução de projetos educacionais; compatibilização dos
diversos regimes de admissão do pessoal; democratização dos processos de
decisão na escola, que torne possível um efetivo compromisso dos
professores, funcionários e técnicos com todo o processo pedagógico;
promoção e aperfeiçoamento periódico do pessoal.
Engajada na campanha, Sr. Secretário, a
Escola Estadual “João Pinheiro” reclama espaço para crescer.. Com 75
anos, esta escola acha-se no direito de reivindicar a expansão de séries
para que se complete o ciclo primeiro grau e ampliação de salas
adequadamente mobiliadas, para que possa prestar mais e melhores
benefícios à comunidade na democratização do ensino e da cultura e na
difusão do saber.
Aparelhada cultural e pedagogicamente é de se crer que o diminuto
investimento com expansão de séries e ampliação de salas, venha produzir
resultados fecundos e retornos imediatos, com proveito para toda
comunidade.
No roteiro de nossas comemorações,
queremos prestar também nossa singela homenagem dos ex-alunos a Escola
Estadual “João Pinheiro”. Vemos no aluno, a razão de ser do
estabelecimento. No ex-aluno, o fruto dos nosso trabalho. Conosco se
encontra um dos mais antigos alunos: O Sr. Odilon Machado de Morais.
Homenageando-o, a Escola Estadual “João Pinheiro” está homenageando a
criança curiosa e ativa, o jovem consciente e responsável, o chefe de
família exemplar, o cidadão probo e útil.
Em sua veneranda figura enaltecemos o passado glorioso, o porvir venturoso.
Agradecemos a gentil presença, nesta
festividade, de nosso ilustre Diretor I da 26ª DRE, Ângela Maria
Gonçalves da Cunha, que se junta a toda família “João Pinheiro” nesta
histórica homenagem.
Senhor Secretário, agradecemos sua
honrosa presença, queremos afiançar-lhe que juntamente com V. Excia.
Empunhamos a bandeira da democratização, da cultura e do saber, estamos
unidos na mesma caminhada da Educação para a Mudança, sob a sábia e
firme liderança de V. Excia. E do Exmo. Sr. Governador Tancredo de
Almeida Neves.
Muito “Obrigada”.
Diretores da Escola Estadual “João Pinheiro” 1908 – 2008
Diretor Carlos Henrique Vidigal (Baco) usando da palavra e sendo observado por Isis Cintra e Neiva Laterza
O Grupo Escolar de Villa Platina é criado em 22 de dezembro de 1908. O primeiro diretor foi Benedito Chagas Leite.
Em 1912, foi promovido e nomeado diretor efetivo o professor Francisco Antônio de Lorena.
O professor José Ignácio de Souza assume a
direção da escola em 1915. Dona Pelina Maciel Ribeiro da Luz assume a
direção em 1925, permanecendo até 1931.Nesse ano, Clorinda Junqueira
assumiu interinamente.
De 1931 a 1954 a diretora foi a
professora Sílvia Martins de Andrade. De 1954 a 1959 a diretora foi
Adelina Martins Andrade Cardoso.
1956 a 1964 – assume a direção a Sra.
Araci Pais Lemes Martins. Em 1965 Zilá Macedo assume a direção. Em 1966 a
diretora foi América Chaves Carvalho. De 1968 até meados de 1971, o
Grupo Escolar João Pinheiro contou com diretoras interinas na direção,
sendo: Audelina Borges Teixeira (1968 a 1969) e Nadir Fernandes de
Morais (1970 a 1971).
Em 1972 a professora Neiva Marila de Oliveira Laterza, assume a direção efetiva da escola, ficando no cargo até 1989.
1989 – Assume a direção Maria Madalena
Angelis Alvarez, 1ª diretora eleita pela comunidade escolar. Em outubro
de 1991 a orientadora Onilta Magnólia dos Santos assume a direção.
Em 1994, a comunidade escolar,
profissionais da educação e pais elegem como diretora Maria Divina de
Menezes, que foi reeleita para um segundo mandato.
A diretora Maria divina de Menezes é reeleita para um terceiro mandato em 2000.
2002 a 2003, em virtude da aposentadoria
da diretora amaria Divina, assume a direção a vice-diretora Maria
Madalena Angelis Alvarez.
Em 2004, a comunidade escolar indica o
professor Carlos Henrique Araújo Vidigal (Baco) à direção da escola. Em
2007 a comunidade escolar renova a indicação à direção, o professor
Carlos Henrique Araújo Vidigal (Baco). A vice-diretora é Iraneide de
Rodrigues Melo.
Parcerias para o ensino e cidadania
Desde 2005, a equipe gestora iniciou sua
administração com amplo projeto de melhorias para a escola, buscando
parecerias. A primeira parceria foi coma a Escola Estadual Antônio de
Souza Martins (Polivalente)- Escola Referência, e o “João Pinheiro
passou a ser Escola associada. Através desse projeto, a Scola obteve 11
computadores, com acesso à internet e impressora matricial.
Outros projetos foram desenvolvidos
ao longo do triênio 2004 -2006: Conservatório Estadual de Música José
Zóccoli de Andrade, para o Projeto Brincarte; voluntárias do instituto
Algar - Leitura e Escrita (duração de três anos); CEMIG – Meio
Ambiente-Água amiga; Secretaria Municipal de Saúde – Gabinete Dentário;
Instituto Superior de Educação de Ituiutaba (FEIT/UEMG) – Encontro com
índios não aldeados do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba,
possibilitando à comunidade escolar o contato direto com a cultura e
valores indígenas; a escola tem parceria com o Grupo de Apoio Amor
Exigente.
Foram realizadas melhorias na rede física
da escola como reforma do telhado, pintura, piso da galeria, reforma do
bebedouro, troca de vasos sanitários nos banheiros, organização do
espaço que serve de refeitório, construção da lanchonete, reforma e
aquisição de carteiras, reparo nas redes físicas, elétrica e hidráulica,
com recursos oriundos da Secretaria de Estado da Educação.
Com recursos próprios, a escola adquiriu
portão eletrônico para acesso dos alunos e na garagem, que abriga
veículos dos funcionários, duas maquinas copiadoras em parceira
com a JR Comunicações, aparelhos microsistem, um DVD, reforma de toldos
na entrada da escola.
Os Departamentos da Secretaria Escolar foram informatizados, com programas voltados para a melhoria e agilidade de cada setor.
Em 2007, o diretor Carlos Henrique Araújo
Vidigal (Baco) foi reeleito pela comunidade escolar diretor da Escola
Estadual João Pinheiro e novas parcerias foram estabelecidas ou
renovadas. Foi firmada nova parceira com a JR Comunicação, em que a
escola foi equipada com câmeras de vídeo, para maior segurança dos
alunos, servidores, como também do patrimônio público, um projeto
pioneiro nas escolas públicas de Minas Gerais.
Foi desenvolvido um Projeto de
Educação Patrimonial com a Secretaria Municipal de Educação e
Cultura, uma vez que mesma faz parte do Patrimônio Histórico e Cultural
de Ituiutaba.
O projeto Leitura e Escrita, junto aos
Voluntários do Instituto ALGAR, desenvolveu-se durante todo ano, assim
como o Projeto Água Amiga, em parceria com o Instituto Estadual de
Floresta (IEF), Centrais Elétricas de Minas Gerais (CEMIG), Polícia
Ambiental, IBAMA, Corpo de Bombeiros, Programa Vitrine Social, Programa
Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) e Polícia
Militar.
Foram adquiridos Data/Show, TV 29” e
TV 14”. Os quadros negros foram substituídos por quadros brancos e o
giz pelos pinceis.
A Comemoração do Centenário
A atual direção da Escola Estadual João Pinheiro, em reunião com os
funcionários e Colegiado Escolar no final de 2007 e início de 2008,
definiu as ações da comemoração do Centenári o da Escola, que foi
pensada em várias dimensões.
Todos ofereceram sugestões e em seguida definiram as propostas,
muitas das quais abrangem o Projeto de Intervenção Pedagógica da
Secretaria de Estado da Educação. Posteriormente foi definida a
organização do evento, quando todos os servidores e Colegiado Escolar
ficaram responsáveis por tornar realidade a comemoração do Centenário da
Escola, coma composição das nove comissões.
Comissão Central – responsável, pela coordenação e
decisões de todas as festividades, apoio financeiro, parcerias,
correspondências e reuniões com as demais comissões, além de informar a
todos sobre o andamento do projeto. Coordenador: Diretor Carlos Henrique
Araújo Vidigal (Baco). Equipe: Iraneide Rodrigues de Melo, Maria de
Fátima Franco Leal Norbertina Bernardes B. Silveira e professores.
Comissão Cultural – responsável pelo resgate da
história da escola desde o ano de sua fundação até os dias atuais, com
fatos que marcaram os cem anos, personalidades, alunos egressos,
ex-professores e ex-funcionários, com possibilidade de montar um painel
de fotos ou relatos. Coordenadores: Iraneide Rodrigues Melo. Equipe:
Carlos Henrique A. Vidigal (Baco), Edmar A. F. Carvalho e Norbertina
Bernardes.
Comissão Religiosa – responsável pela organização e
celebrações religiosas para início das festividades. Coordenadora: Maria
Celina. Equipe: Delnira, Suelaina e Marleida.
Comissão de Abertura dos Jogos – responsável pela
organização dos atletas antes e durante o evento, bem como pelas
apresentações artísticas no ginásio Poliesportivo Municipal Romão.
Coordenadora: Maria Betânia França Franco. Equipe: Norbertina, Erli,
Edmar, Sandra Maria, Alexandre, Isabel, Cristina, Maria F. D. Araújo,
Aparecida F. D. Araújo, Aparecida C. David, Marleida, Dorcina,
Maria A. B. Marçal, Lucimar, Julícia, Patrícia, Iranide e Baco.
Comissão de Ornamentação – responsável pela
ornamentação dos locais onde foram realizadas as atividades do
Centenário. Coordenadora: Maria F. F. Leal. Equipe: Ana Paula, Webert,
Mirian, Rosineide, Sirlene, Vânia, Maria APª Carvalho, Fabíola, Maria
Hemione, Jne, Maria Ap. L. Mendes, Thatiane, Wakson, Maria Celina,
Delmira, Sirlei, Rosania, Rosimeiry, Alexandre, Terezinha, Iranide e
Baco.
Comissão de Recepção – responsável em recepcionar
todos os convidados que participarão das festividades. Coordenadora:
Norbertina Silveira. Equipe: Ariadne, Neidivina, Jaqueline, Suelaine,
Luciene, Iranide e Baco.
Comissão de Segurança – responsável pelo apoio da
polícia militar e Tiro de Guerra para manter a ordem e a segurança em
todas as festividades, tanto interna quanto externa dos eventos.
Coordenador: Alexandre. Equipe: Aniceto, Wakson, Eurípedes R.
Martinelli, Ariadne, Webert, Iraneide e Baco.
Comissão de Apoio – responsável pela limpeza das
dependências antes, durante e após as festividades do Centenário, além
de dar suporte às outras comissões e zelar pelos materiais utilizados.
Coordenadora: Elizabete. Equipe: Luzinete, Isolda, Maria Elza, Aparecida
Morais, Dinair, Zilda, Elma, Joana, Abílio e Sidnei. As festividade
foram realizadas na Escola Estadual João Pinheiro, Praça Cônego Ângelo,
Salão Social Atrium, Ginásio Municipal Romão, Santuário de Nossa Senhora
da Abadia, Igreja Presbiteriana de Ituiutaba e na própria escola.
Principais Ações comemorativas do Centenário
O Projeto de comemoração dos 100 anos da Escola Estadual João Pinheiro
contemplou diversas ações planejadas e executadas ao longo de 2008. Além
de marcar o Centenário e unir ainda mais a comunidade escolar, as ações
comemorativa levaram à toda comunidade de Ituiutaba a alegria de
festejar os 100 anos de educação da primeira escola pública de Minas
Gerais, interagindo de todas as formas com a sociedade. Uma das
primeiras ações comemorativas foi a inclusão da foto da escola na capa
da lista telefônica SABE/CTBC, em parceria com o Grupo ALGAR,
proprietária da lista. São 35 mil exemplares levando ao conhecimento da
comum idade regional e 2008 é histórico para a comunidade escolar João
Pinheiro pelo Centenário de sua fundação.
Confecção da agenda escolar, finalizada no final de 2007 e distribuída
no início de 2008 para a comunidade escolar. Em 2008 foi criado o site
da escola.
Uma placa de dois metros por um metro e vinte centímetros com a logomarca do Centenário, foi erigida no Pátio da escola.
No dia 26 de maio a Escola Estadual João Pinheiro fez realizar uma
celebração em Ação de Graças e culto pelo o Centenário da Escola.
Um painel comemorativo foi afixado no muro da escola, na 17 com 20, com
o slogan Escola Estadual João Pinheiro – Um Século Educando, com fotos
de alguns alunos sorteados em todas as salas do dois turnos,
representando aos demais
Escola João Pinheiro realiza os Jogos do Centenário
Com uma bela festa onde alunos e ex-alunos se encontraram a Escola
Estadual João Pinheiro realizou de 30 de maio a 1º de junho os Jogos
internos que marcam as comemorações dos 100 anos da escola.
Ex-alunos da escola foram homenageados quando as equipes formadas
receberam seus nomes. Na mesa das autoridades: Fued Dib – prefeito de
Ituiutaba; Isis Cintra – Superintendente de ensino; Isaías Tadeu –
Secretário Municipal de Educação; além de outras personalidades do nosso
município.
Um dos destaques na mesa das autoridades foi a ex-diretora Neiva
Laterza, e se juntou com anfitriã, ao atual diretor, Carlos Henrique
Vidigal.
O Tiro de Guerra 11/002 também participou da grande festa, como uma
condução das bandeiras e em seguida o hasteamento do Pavilhão Nacional,
feito por atiradores.
Nas arquibancadas do ginásio municipal Romão, muitos ex-alunos se
reencontraram emocionados relembraram o passado entre eles, o secretário
municipal e presidente da FIEMG Regional Pontal do Triângulo Mineiro,
Antônio Valério, Carlos Vitor, Sandro Salomão, o radialista Gladiston
Pires.
Várias atrações, com danças, coreografias e muita animação por
parte dos alunos, numa festa muito bem organizada pela direção,
professores, auxiliares administrativos e auxiliares de serviços
básicos.
Nos dias 31 de maio e 1º de junho os atletas mostraram toda disposição
pela medalha histórica do Centenário da Escola Estadual João Pinheiro.
Escola Estadual João Pinheiro sua Dialética Dinâmica para século XXI de Torrezão a Carlos Henrique Araújo Vidigal (Baco)
Maria Divina Menezes
O português Antônio Nóvoa historiador e reitor, da Universidade de
Lisboa é um dos intelectuais de maior circulação internacional no debate
pedagógico atual. Como o de Filipe Philippe Perrenoud e os espanhol
César Coll, ele pertence a uma geração que concentra em aspecto
intra-escolares, como curriculum e competências, formação continuada e
processos de aprendizagens. A capacitação de professores foi o tema que
ele privilegiou.
“Nóvoa reúne três características: o rigor teórico conceitual da
investigação extoriográfica, o tato e a sensibilidade pedagógicos e
honrar o talento de liderança”.
Contaram-me os saudosos alunos da escola: Dr. Omar Diniz, Sr. Odilon
Machado e Sr. Pedrinho Fonseca, que na egrégia agência de formação de
cidadãos felizes do povoado que mais tarde viria se chamar Vila Platina,
chegou um professor e reuniu a turma montou uma sala de aula no mesmo
local da escola hoje, só do outro lado da rua, e deu-lhe o nome de
Colégio São Luiz. Eis que um dia o professor Torrezão pintou tudo de
amarelo, os alunos o veneraram, pois tinham verdadeira adoração com ele.
Talvez o filósofo Sócrates da época, pelo mesmo motivo que Névoa se
destacou no século XVI.
Passaram se dias e o professor Torrezão não chegou. E não chegou nunca
mais; O que fizeram com ele? Sumiram com ele, porque ele estava
ensinando demais. Ensinando uma série de habilidades e competência que
não deveria ser ensinadas naquela época! O prosperando os jovens para o
mundo que os esperava? É possível que os educadores da escola Estadual
João Pinheiro, uma instituição social cuja essência fulcral é a
capacidade de cuidar: do futuro, da cidadania, da disciplina, e da
educação escolar como estância de formação.
A complefixação do mercado de trabalho está conduzindo mais uma
preocupação da temática do trabalho, das carreiras e profissões.
Não há como a escola do maternal ao doutorado não se preocupar com
empreendimento profissional.
Desta forma peço a vênia para dizer que todo tempo que juntos
administramos esse santuário chamado João Pinheiro que para nós era
Escola Estadual João Pinheiro – Cidadã e Feliz e nos quatro anos
seguintes Escola Estadual João Pinheiro – Cidadã e Feliz – Pós
Maternidade e hoje Escola Estadual João Pinheiro – Um Século Educando.
Santuário Escola Estadual João Pinheiro, ai, em cada cantinho, em cada
pessoa que eu amo e tenho certeza que me ama também deixei minha alma e o
meu coração plantado para sempre, Nem o tempo nem as pessoas farão que
este amor se transforme. Eu amo você Escola Estadual João Pinheiro e
amarei para sempre.
*Ex-diretora.
Programa de voluntariado beneficiou alunos da Escola Estadual João Pinheiro
Voluntários da CTBC de Ituiutaba realizaram, por três anos,
atividades de incentivo à leitura e escrita de alunos da quarta-serie.
Escrever melhor, adquirir o hábito de leitura e melhorar a oralidade.
Todas essas habilidades contribuem para que as crianças de hoje sejam
adultos bem sucedidos no futuro.
Mas, conseguir desenvolver essas capacidades nem sempre é possível no
atual ambiente escolar. Cerca de 76 alunos que estudaram na quart-série
da Escola Estadual João pinheiro em Ituiutaba, de 2005 a 2007, tiveram
essa oportunidade. Eles foram beneficiados pelo programa de voluntariado
desenvolvido pelo Instituto “Algar e, que, atualmente, é chamado de
Algar Inclui”.
Durante três anos, várias atividades
foram realizadas na escola com o objetivo de promover avanços dos alunos
no uso social da língua portuguesa (escrita de carta, leitura por
prazer e práticas de oralidade) com parceria entre educadores
(professores, supervisores pedagógicos, diretores e etc.) e voluntários
da CTBC de Ituiutaba.
Em 2005, primeiro ano de parceria, o
programa social realizou a atividade educacional chamada “Clube de
Correspondência”. Nele, alunos e voluntários exercitavam a escrita de
cartas, faziam novas amizades e, consequentemente, ampliavam seus
conhecimentos sobre diversos assuntos.
O “Clube de Leitura” foi a atividade
escolhida para os anos de 2006 e 2007. Nele, oficinas de rodas de
leitura e sarau de poesias eram realizados na escola. Além disso, as
crianças integrantes do Clube podiam pegar livros emprestados do
conjunto de obras doadas pelo Instituto Algar. Para completar as
ações de incentivo à leitura, à escrita e à oralidade, vistas e
entrevistas diversas eram feitas.
Todas as orientações e
material de apoio eram passados pelo Centro de Estudos e Pesquisas em
Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), assessoria educacional
contratada pelo Instituto Algar para o desenvolvimento do programa.
Segundo Isabel Carvalho, professora participante do programa na época da
parceria, muitos foram os benefícios das atividades do programa em sal
de aula. “As atividades lúdicas, as visitas e oficinas feitas pelos
voluntários da CTBC foram de grande valia e, realmente, incentivaram os
alunos. Essa parceria proporcionou a todos grandes projetos de incentivo
a escrita e leitura. O material pedagógico oferecido enriqueceu as
aulas e os profissionais da escola ficaram mais motivados. Lembro-me da
alegria estampada nos olhos das crianças quando os voluntários estavam
na escola”, relembra com saudade a professora.
A parceria com a escola e os resultados
do Programa de Voluntariado foi extremamente gratificante para os
voluntários envolvidos. “todas as nossas expectativas nesta escola foram
superadas. Tivemos o apoio e envolvimento total dos educadores e o
comprometimento das crianças no desenvolvimento das ações. Aprendemos
com os alunos muito mais do que ensinamos e a cada dia eles nos
surpreendiam. Algumas coisas que para nós era tão pequenas, para elas
eram enormes e inesquecíveis e que, com certeza, irão lembrar para o
resto da vida”, afirmou Lilian Bianchini, líder social da CTBC de
Ituiutaba.
Saiba mais sobre:
Instituto Algar – Com o foco na educação
de ensino fundamental, o Instituto Algar desenvolve quatro programas
sociais: Algar Inclui (leitura voluntariado e inclusão digital); Algar
Educa (leitura, matemática e inclusão digital); Algar Lê (leitura de
jornal e inclusão digital) e Algar Transforma ( leitura, educação
ambiental, inclusão digital). No primeiro semestre de 2008, os projetos
sociais do Instituto Algar beneficiaram 11.834 alunos de 82 escolas
públicas e contaram com a participação de 451 voluntários e com
envolvimento de 489 educadores.
Grupo Algar – O Grupo Algar, cuja sede é
em Uberlândia/MG, atua nos segmentos de Telecom, Agro, Serviços e ainda
tem participação acionária no complexo Rio Quente Resort. Hoje, o Grupo
que conta com 14.100 mil associados (como são chamados SOS
funcionários), está presente em quase todo território nacional nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato
Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Maranhão e Distrito Federal. Com
a visão de “Gente servindo gente”, os associados trabalham com a missão
de desenvolver relacionamentos e negócios sustentáveis que geram
valor percebido, encantando pessoas e promovendo o potencial humano.
João Pinheiro – Um século Fazendo
Educação
Professora Adelaide Pajuaba Nehme
Grandes e expressivas festividades
elaboradas pela direção e corpo docente, pelo centenário da “Escola
Estadual João Pinheiro”.
É o tributo que se pede a esta grande
instituição destacada pelos inúmeros benefícios prestados `a
sociedade de Ituiutaba e região.
Figuras ilustres passaram pelo
educandário, onde adquiriram bases expressivas para novos conhecimentos,
haja vista o sucesso de grandes empreendedores, ex-alunos da escola.
Como educadora não poderia me furtar ao
dever de enaltecer esta casa pela prestação relevante de serviços, o
maior deles: a educação.
Atuei como educadora por vários anos na
escola, onde aprendi muito. Era iniciante e adquiri conhecimentos que me
foram transmitidos aleatória e diariamente por sábias educadoras.
Acumulei bases sólidas que foram suporte para sempre. Dirigia o “João
Pinheiro”, na época professora Araci Saraiva, exímia educadora,
competente, humana e muito sensível, sua sensibilidade era transparente,
querida pelos professores e discente, doce criatura!... Ainda o é...
Um exemplo como diretora, não só no
desempenho de suas funções, mas no trato com o ser humano. Sua vice era
professora Jandira Vilela outro grande valor. Comedida, determinada e
incentivava, elogiava a atuação dos mestres. Corpo docente selecionado,
ótimas professoras, ótimas colegas.
Realmente temos saudade desta época, que sem dúvida marcou nossa vida.
Hoje com cinquenta anos como educadora, posso avaliar o trabalho que ali era desenvolvido, dentro dos padrões necessários.
Infelizmente a educadora sofreu revezes, mudanças, perdendo muito a qualidade.
O professor era um voluntário que e
dispunha gratuitamente a voltar à escola dar aula de reforço, aplicar
testes, repetir matéria para alunos cujo aproveitamento era mínimo.
“João Pinheiro” é sem dúvida uma Oficina
de Luz, uma trajetória histórica, memorável e relevante; estrutura
majestosa, imponente mostrando a todos sua filosofia, sua atuação,
objetivos alcançados, frutos colhidos, dignificando todos que ali
militam.
“João Pinheiro Centenário” é uma roda viva cheia de histórias, de fatos. De memória, de trabalho edificante.
Cem anos formando e lapidando caracteres,
formando cidadãos e enriquecendo a cidade de homens ilustres, que se
destacam no cenário do profissionalismo. Parabéns a todos que se
inseriam, e fizeram e fazem parte da história deste grande
estabelecimento de ensino.
Adelaide Pajuaba Nehme
*Pós Graduada em Comunicação e Marketing
A Escola Estadual João Pinheiro
Patrimônio Histórico de todos!
Uma escola de “elite”? Uma escola central, onde iniciaram as primeiras
letras grandes profissionais de nossa cidade, que já alcançaram voos
maiores, levando consigo a firmeza de uma diretora que primava pela
ordem e pela disciplina, pela qualidade do ensino, pelo bem-estar de
todos os profissionais, senhora Neiva Marila Leite de Oliveira Laterza.
Entre os filhos dos comerciantes do município e de demais “doutores” da
localidade, iniciava-se também a filha de uma funcionária doméstica que
buscava para esta um futuro melhor que o seu. Seria mesmo uma escola de
“elite”? Para a maioria sim, mas, a maioria também sobressaiu na
aquisição do saber, pôde sonhar como futuro e traçar projetos de vida.
Os profissionais de educação eram todos “alinhados” quanto ao seu
vestuário, cabelo, perfume e tinham que levar consigo uma imagem clara e
precisa do cumprimento dos valores morais e éticos. Por este Brasil
sempre nos deparamos com um médico (com várias especialidades),
advogados, empresários, professores, comerciários, bancários,
profissionais liberais que falam com orgulho do “Grupo Escolar João
Pinheiro”, onde alicerçaram as bases de uma trajetória educacional.
Hoje, ex-alunos contam que trouxeram seus filhos, netos e demais membros
da família para “sua escola”, expressando sua emoção e orgulho.
Mas ainda é sentir a realização de concretizar sonhos como professora
na “Escola Estadual João Pinheiro”, quando em 1981 fui convidada a
participar do quadro de professores da conceituada escola. Na
oportunidade, agradeço à professora Neiva Marila pelo convite e por
inserir-me como educadora dessa escola tornando-a Escola Estadual João
Pinheiro. Hoje, percorro suas dependências amplas e arejadas
principalmente, poder contribuir com outras crianças em seus sonhos,
seus ideais (já os tens), como mediadora incentivadora do aprender a
aprender.
Uma nova realidade despontou com a evolução da tecnologia nesta
instituição escolar, um espaço que se percebe o acompanhamento do
progresso, câmeras, computadores, data show, internet, xerocadoras,
recursos audiovisuais para elaboração e a prática educativa. Ambiente
alfabetizador em que a ludicidade está presente, oficinas pedagógicas,
lazer, aquisição do conhecimento de forma prazerosa e agradável.
Nessa gestão tem-se a presença de um grande professor que arregaça as
mangas para propor a toda comunidade escolar um ensino de qualidade,
oferecendo recursos para que sejam alcançados os objetivos propostos
pelo sistema de ensino atual, Sr. Carlos Henrique Araújo Vidigal e
sua equipe, que não medem esforços e fazem jús ao uso da camisa da
“família Joãopinheirense”.
Sinto-me orgulhosa por fazer parte do quadro de pessoal da Escola
Estadual João Pinheiro, quando posso apreciar em minhas memorias , desde
a infância, como aluna, até o momento de minha aposentadoria como
professora da educação básica, sabendo que o futuro novos horizontes aos
educandos e educadores da minha querida “João Pinheiro”.
Maria de Fátima Araújo:
*Professora da educação básica na Escola Estadual João pinheiro
desde 1981, nas séries iniciais do ensino fundamental. Gr aduada no
curso normal superior pela UEMG/FEIT/ISEDE; Pós-graduada no curso de
Ação Multidisciplinar do Trabalho Pedagógico: Gestão Escolar, Supervisão
Pedagógica, Orientação Educacional e Inspeção Escolar, pela
UEMG/FEIT/ISEPI.
Parabéns a E. E. JOÃO PINHEIRO
Pelo seu centenário
Parabéns, E.E. João Pinheiro!
Isto é, com entusiasmo, competência e
Você é orgulho de nossa cidade!
Dedicação.
Há um século servindo e...
Porque é uma Escola Cidadã e
Feliz.
Educando a nossa comunidade.
Às minhas ex-diretoras:
A primeira escola Estadual
Neiva Laterza, Madalena, Onilta
e
Do Triângulo Mineiro,
Maria
Divina!
É a formosa Escola Estadual
Obrigada, pela amizade, os ensinamentos
João Pinheiro,
e solidariedade!
Não precisa dizer mais nada.
Que jamais falte a vocês, a luz do espírito
A E.E. João Pinheiro é mãe, avó,
Santo que nos ilumina.
bisavó e tetravó...
Aos pais que me confiaram seus filhos.
Mais sempre jovem e atual.
Meu zelo, admiração, respeito e gratidão.
Seus filhos crescem e tornam-se
A Deus,
que me deu a vida, saúde e
Independentes.
inteligência.
Mas voltam p/ revê-la, pois ñ há amor igual
Agradecerei, eternamente, com fervorosa oração.
São muitos brasileiros ilustres
A todos, sem citar nomes: corpo docente
Espalhados no Brasil e no mundo
e serviçais.
Inteiro...
Obrigada pelo carinho,
companheirismo e
E como muito orgulho dizem a seus
amizade.
Filhos,
Continuem zelando por
essa parte dê
Que estudaram na Escola E. João Pinheiro. Nossas vidas!
E...
Fazendo Educação de qualidade.
Sinto-me muito envaidecida.
À atual direção: Carlos Henrique Vidigal
De ter-me aposentado nessa maravilhosa
E sua equipe
escola.
Meus votos de muita
prosperidade!
Toda minha vida profissional,
Pelo trabalho q/ desempenham c/ amor
À qual, com muito amor, dediquei quase
Meus votos de muita prosperidade!
Toda minha vida profissional,
Pelo trabalho q/ desempenham c/ amor
E hoje faço parte da sua importante história.
Deus lhes
recompense com saúde,
Obrigada E.E. João Pinheiro!
Paz
e felicidade.
Onde trabalhei como sempre planejei e quis.
* Professora Marizinha Martinelli
As políticas Públicas da Educação em Minas Gerais no contexto regional
Isis Maria Gomes Cintra
É realmente memorável o momento que ora vivenciamos a celebração dos
100 anos da Escola Estadual João Pinheiro, que consolida a luta
histórica daqueles que dedicaram suas vidas pela educação.
Reportamo-nos através deste artigo para apresentar algumas
considerações a cerca da implantação das Políticas Públicas da Educação
de Minas Ferais.
Os objetivos iniciais da política educacional do governo de Minas
Gerais foram alcançados pela maioria das escolas públicas da
circunscrição, contribuindo para obtenção das metas propostas pelo
Acordo de Resultados, pela secretaria de Estado de Educação, Vanessa
Guimarães Pinto, junto ao governo. O acordo de resultados é uma
iniciativa do Projeto Estruturador Choque de Gestão do governo de Minas
Gerais em que são pactuadas metas institucionais a serem cumpridas e
resultados a serem alcançados. A Superintendências Regionais de
Ensino e Escolas Públicas Estaduais são co-responsáveis pelo
cumprimento destas metas.
Na perspectiva de se construir um Estado para Resultados, foram
definidos os Projetos Estruturadores para uma Educação Básica de
Qualidade: Universalização e Melhorias do Ensino Médio Fundamental, com
ênfase e le-tratamento. Dentre as metas estabelecidas foram implantadas:
O Ensino Fundamental de 9 anos em todas as escolas estaduais e
municipais desta jurisdição desde o ano de 2004, o Projeto Aluno de
Tempo Integral atendendo 625 alunos em 2007 e 2008, elevação dos níveis
de proficiência acadêmica aferida pelo Sistema Mineiro de Avaliação da
Escola Pública e Prova Brasil, no Ministério da Educação, aumento de
taxas de conclusão do aluno do Ensino Médio e de suas oportunidades de
inclusão produtiva, desenvolvimento do Protagonismo Juvenil através do
Programa de Educação Profissional-PEP em parceira com o Sistema Nacional
de Aprendizagem Industrial-SENAI e Sistema Nacional de Aprendizagem
Comercial-SENAC, Curso de Formação para o Trabalho-FIT (INFORMÁTICA), e
redução significativa dos índices de evasão e repetência escolar.
As política públicas do governo de Minas Gerais, implantados nos
períodos de 2003/2006/2007/2008, constituem as bases para os resultados
alcançados pelas escolas públicas mineiras.
Em grandes partes de nossas escolas, a cada ano, o número de alunos com
baixo desempenho está diminuindo, em crescem os números dos que estão
nos níveis intermediário e recomendado.
Com o resultados das avaliações sistêmicas, temos um retrato de cada
escola e uma visão de como está a educação básica em todas as regiões de
Minas Gerais.
Isis Maria Gomes Cintra
*Diretora da Superintendência Regional de Ensino de Ituiutaba.
O Centenário da Escola Pública e
Laica no Interior de Minas Gerais: Neiva Marilla Leite de Oliveira
Laterza, a travessia de uma normalista
Por: Betânia de Oliveira Laterza Ribeiro, Elisabeth Farias da Silva, Sauloérbe Társio de Souza, Clarissa Betanho Inácio.
O convite feito pelo atual diretor da Escola Estadual João Pinheiro,
professor Carlos Henrique Araújo Vidigal, para nossa participação da
Revista do Centenário dessa instituição representou um desafio muito
grande para uma das autoras deste estudo, tanto pela proximidade
efetiva com a genitora Neiva quanto pela responsabilidade
social com a escola centenária.
Assim, este estudo tem por objetivo explicar, ainda que de modo
sucinto, a trajetória educacional da normalista Neiva Marilla Leite de
oliveira Laterza no período da Ditadura Militar no interior de
Minas Gerais. Utilizar-se no procedimento metodológico entrevistas
com a perspectiva diretora , documentos oficiais e depoimentos de
professoras que trabalharam em sua gestão. A confluência destas técnicas
de pesquisa possibilitou uma perspectiva mais acentuada de análise,
principalmente no que tange à trajetória educacional da professora Neiva
Laterza.
A sociedade brasileira nos anos de 1964 a 1965 viveu sob a égide da
Ditadura Militar. Nela houve repressão policial, exílios políticos,
estabelecimento de legislação autoritária, com supressão dos direitos
civis, uso da máquina estatal em favor da propaganda institucional e
política, manipulação da opinião pública através de institutos de
propaganda governamental, censura e tortura.
De acordo com GERMANO (2005).
No Brasil, a partir de 1964, o Estado caracterizava-se pelo elevado
grau de autoritarismo e violência, além disso, pela manutenção de uma
aparência democrática representativa, uma vez que o Congresso não foi
fechado definitivamente (embora tenha sido mutilado) e o Judiciário
continuou funcionar, ainda que como aparência do exército.
Vislumbra-se que no aludido período histórico a separação dos três
poderes, proposta por Montesquieu é essência do Estado Democrático de
direito, mostrava-se comprometida, uma vez que o Poder Executivo
encontrava-se como soberano.
O ideário pedagógico neste contexto histórico passava por um processo
de tecnização e de expansão controlada. O lema dominante era “Reformar
para desmobilizar”. A política educacional militar deve ser vista como
uma forma utilizada pelo Regime para assegurar a dominação necessária
para o exercício de uma política subordinada e mantenedora do
processo de acumulação de capital, tentado, desta forma, afastar os
conflitos e tensões existentes que poderiam atrapalhar da
estabilidade política com reflexos na economia que se
internacionalizava.
Nesse cenário político-social, a professora Neiva Laterza foi escolhida
para o cargo de diretora do Grupo Escolar João Pinheiro. Diante disto, a
professora Neiva não poderia fugir à regra imposta pelas determinações
da Secretaria de Estado da Educação no que tangia à disciplina e a
polidez, ao civismo e ao nacionalismo e a educação tradicional.
No depoimento de Maria Fátima Dias Araújo, a mesma afirma: ingressei na
escola em 1981, a convite da diretora Neiva Laterza. Para mim foi um
desafio e ao mesmo tempo uma valorização profissional por atuar em uma
escola tão conceituada com esta. O profissional que atuava na escola
trazia uma bagagem uma imagem de profissional competente diante da
sociedade. Dona Neiva uma pessoa muito correta com todos, muito humana,
amiga sem distinção de cargo, sempre voltada ara a qualidade do ensino e
do bem-estar de todos. Os desfiles eram muito organizados com grande
número de alunos, os que não tinham condições financeiras podiam contar
com a ajuda de dona Neiva para vestuário do desfile. As festas
comemorativas eram surpreendentes, muita alegria, muito bem frequentadas
pelas autoridades e sociedade tijucana.
Portanto, a professora Neiva Marilla Leite de Oliveira Laterza
conquistou seu espaço público com normalista em virtude de sua
competência profissional, seu amor pela profissão e pelo dinamismo e
anseio em construir coletivamente a história da Escola Estadual João
Pinheiro, mesmo que em um período em que palavras como democracia e
liberdade soavam como mera utopia.
A diretora Neiva Laterza em entrevista concedida à discente Clarissa
Betanho Inácio ser uma vanguardista de seu tempo, pois instituiu o
ensino da pré-escola em um período em que a legislação estadual da época
não havia normatizado esta modalidade de ensino. A professora Neiva
afirma que tal atitude foi tomada em decorrência da crescente demanda de
crianças dos mais diversos níveis sociais que aspiravam ao ingresso no
pré-escolar. FERREIRA (2007) preleciona que a professora Neiva Laterza,
com o fito de democratizar o ensino, conseguiu a extensão de séries para
a Escola João Pinheiro de 5ª a 8ª. incluindo o ensino noturno.
Maria Madalena Ângelis Alvarez afirma que nem mesmo a Ditadura Militar
conseguiu silenciar o fervilhar de vozes e ideias que “faziam
acontecer”, seculares da Escola Estadual João Pinheiro. A depoente
Compreende-se também que a Escola João Pinheiro proporcionava status
social a todos. Nesse sentido segue depoimento da ex-professora e
diretora Maria Madalena Ângelis Alvarez:
apesar do surgimento das escolas particulares , a Escola Estadual
João Pinheiro manteve sua posição secular de escola de qualidade, e
pertencer a ela continua, através dos tempos, a ser o sonho de muitas
famílias , crianças, adolescentes, adultos e profissionais da educação.
A depoente que trabalhou com a professora Neiva Laterza afirma também par a as autoras RIBEIRO e SILVA (2003).
Na primeira greve de professores... mais uma vez dissemos sim como
agentes da história e, mesmo enfrentando um corpo discente predominante
classe A, que sempre exerceu seu conveniente poder econômico, fechamos
as portas da escola e juntamo-nos aos colegas em toda Minas Gerais.
Diante da pesquisa realizada e dos depoimentos acima mencionados,
concluiu-se que Neiva Marilla Leite de Oliveira Laterza e suas colegas e
amigas deste período histórico que cerca tal escola, conseguiram
construir estratégias de democracia em tempos de silêncio e opressão.
A professora Nélie Rodrigues de Melo contemporânea à professora Neva Laterza explicou:
Neiva realizou um grande trabalho, ela reergueu a Escola João
Pinheiro em seus dizessete anos de trabalho administrativo. No
período em que fomos diretora, havia perseguição aos cargos políticos de
diretores, o que exigia um trabalho com muita atenção e zelo para não
ferir os princípios da ordem estabelecida.
Como pode ser apreendido através dos depoimentos presentes nessa
pesquisa, a professora Neiva contrariou em parte a política
educacional de tal regime, ao incorporar o “athos” de gestora, uma vez
que conclamava a participação, respeitava as pessoas e suas opiniões;
desenvolvia um clima de confiança entre os vários segmentos das
comunidades escolar e local; ajudava a desenvolver competências básicas
necessárias à participação.
Ao comemorar o centenário de uma escola pública e laica, é importante
ressaltar que este modelo de escola tem suas matrizes analíticas
como o Iluminismo e a Revolução Francesa, tais marcos foram
imprescindíveis na formação do Estado-Nação e, portanto na defesa de uma
escola pública de acesso a todos.
O Grupo Escolar João Pinheiro não foge à regra deste modelo de escola
capaz de promover uma formação da consciência livre; do sujeito
capaz de pensar por si mesmo, sem o recurso à razão alheia, estes ideais
de liberdade e igualdade foram preconizados pela Revolução Francesa.
Nessa perspectiva, a instrução pública foi uma estratégia dos poderes
seculares em prol da promoção à equidade e à razão.
A Escola Estadual João Pinheiro não só sobreviveu a história, mas
continua fazendo a história , de forma singular. E nesse exercício
diário, sonhos, frustações e perspectivas futuras são tecidas
conjuntamente, anunciando/denunciando saberem institucionalizados,
advindos dos órgãos oficiais, e saberes construídos na prática escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Ana Emílio Cordeiro Souto. Da centralidade da infância na modernidade e sua especialização: a Escola Estadual João Pinheiro. Dissertação apresentada no Programa de Pós-Graduação em Educação de Universidade de Uberlândia (2007).
GERMANO, José Wellington. Estado Militar e Educação no Brasil (1964/1985). 4ªed São Paulo: Cortez. 2005. Ituiutaba, Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Centenário de Ituiutaba. Ituiutaba, 2001.
Montesquieu, Charles de Secondal. O espírito das leis. 2ªed São Paulo:
Martins Fontes, 1996, Betânia de Oliveira Laterza e Silva, Elisabeth
Farias da. Primórdios da Escola Pública Republicana no Triângulo Mineiro. Ituiutaba: EGIL, 2003.
FONTES ORAIS
Araújo, Maria de Fátima Dias (Ituiutaba, MG). 01/11/2008. Fita cassete (60 minutos). Entrevista concedida aos autores.
Laterza, Neiva Marilla Leite de Oliveira Laterza (Ituiutaba, MG).
22/12/2007. Fita cassete (60 minutos). Entrevista concedida à Clarissa
Betanho Inácio. Melo, Nélie Rodrigues (Ituiutaba-MG). 01/11/2008. Fita
cassete (60 minutos). Entrevista concedida aos autores.
Neiva Marillla Leite de Oliveira Laterza
1 Doutora em Educação pela USP/SP e docente da Universidade Federal de Uberlândia/Faculdade s Integradas do Pontal.
2 Doutora em Educação pela USP/SP e docente da universidade Federal de Santa Catarina.
3 Doutora em História da Educação pela Unicamp/SP e docente da
universidade Federal de Uberlândia/Faculdades Integradas da Pontal.
4 Discente de Universidade Federal da universidade Federal de
Uberlândia Faculdades Integradas do Pontal e bolsista de Iniciação
Científica da UFU/FAPEMIG.
5 Os dados biográficos da professora Neiva Laterza revelam que além de
sofrer a violência da Ditadura Militar no interior do Grupo Escolar, a
mesma também sofreu no seio de sua família, quando em 1964, seu esposo
Germano Laterza 9vereador mais votado na época) e seu irmão Dr. Rodolfo
Leite de Oliveira (vice-prefeito) foram obrigados abdicar seus cargos
por imposição das Forças Armadas do Regime Militar. Mesmo com todas
essas desventuras, ela assume a direção do Grupo Escolar João Pinheiro
numa demonstração de dedicação à causa maior da Educação.
Artigo
Grupo Escolar de Villa Plattina
Centenário no Contexto Tijucano (1908 – 2008)
MSC. Ana Emília Cordeiro Souto Ferreira¹
Investigar os caminhos da história do Grupo Escolar de Villa Platina²,
sua práticas pedagógicas e sua permanência no senário tijucano, ao logo
do último século foi uma tarefa instigante e fundamenta à sua
“reconstrução histórica”. Pois com essa intenção que apresentamos o
presente artigo, resultado de uma pesquisa mais ampla realizada magia e
de encanto; montes elevados que protegem; em fim tudo o que há de mais
estupendo sublime e grandioso e que a natureza poderia dota-la...
- A nossa Pátria tem atos de bravura tão heroicos e brilhantes que
feito obumbrar aquelas que ousaram amedrontá-la, embora sejam mais
poderosos, mas, não pelas riquezas e virtudes:
Salve a Pátria Brasileira, - Salve a Bandeira Auriverde, e, Salve a data de 15 de Novembro. (Minas Gerais, 1915).
Diante da necessidade de buscar elementos que fundamentassem a pesquisa
e nos revelasse fatos para “construção” da história do Grupo Escolar de
Vila Platina, a fundamentação dessa parte da exposição esta vinculada a
novos olhares sobre novas fontes, disponíveis no Arquivo Público
Mineiro, da das selecionamos algumas para discorrer sobre a trajetória
dessa instituição. Como parte desse escopo documental e que a
escolhemos um poema do professor Torrezão para o entendimento do período
estudado, ou seja, 1908 a 1988. A fonte apresentada foi transcrita na
íntegra. Composto este trecho pelo professor “Grupo Escolar de
Ituiutaba, Botelho Torrezão e recitado pelo aluno do segundo ano
Francisco Theodoro Arantes na festa da Bandeira do dia 15 de novembro
data da sua comemoração 1915”.
- Quando ouço pronunciar a palavra Pátria, palavra sublime e
augusta, sinto no pobre coração pulsar-se de alegria de alegria e
júbilo.
- Não há quadro mais imponente e mais grandioso do que ver a nossa
querida Pátria, caminhar no progresso, na paz, e no período áureo das
letras, mas, quando vemos a nossa querida Pátria, essa nossa segunda
mães perseguida, e rodeada da fome, da peste e da guerra, esses
horríveis flagelos que corroem as nações inteiras, então, meu pobre
coração fica triste e pesaroso, carpindo torce-se perante as desgraças
que a circundam...
- A nossa Pátria é um vasto jardim e ameno.
É um paraíso e odoríferas flores cujo aroma nos deleita e extasia;
arrebata-nos com os gorjeios e os trinados dos passarinhos d’essas aves
de variadas cores, onde admiramos a cor cerúlea do Empyreo, o reflexo
resplandecente dos meteoros, e o branco cristalino das águas; o Poderoso
Sol emergindo seus raios luminosos e o prateado da formosa Lua... esta
nossa Pátria que a natureza concedeu-nos o privilégio, ornamentando-a
com magnífico Oceano, e, o que com candura torneia-a os seus rios, sendo
o mais grandioso, o respeitável Amazonas, lindas e variadas flores
cheias de magia e de encantos, montes elevados que a protegem; em fim
tudo o que há de estupendo, sublime e grandioso e que a Natureza
poderia dota-la.
A nossa Pátria tem actos de bravura tão heroicos e brilhantes
que têm feito obrumbrar aqueles que ousaram amedronta-la, embora
sejam mais poderosos, mas, não pelas riquezas e virtudes:
Salve a Pátria Brasileira, - Salve a Bandeira Auriverde, e, Salve a data de 15 de Novembro. (MINAS GERAIS, 1915).
Nesta perspectiva, analisando o poema e os demais documentos da escola e
considerando que o Grupo Escolar de Villa Platina, adotava em seu
planejamento pedagógico uma significativa preocupação com as questões
aos bons costumes e a noção da moral difundida naquele período, o
espírito de amor a Pátria faziam parte das atividades presentes
atividades efetivas presentes no seu interior de forma
bastante efetiva segundo fontes analisadas, características
do período Republicano. Esses ensinamentos eram realizados
através da disciplina e da polidez; o civismo o e
nacionalismo eram praticados através do culto aos símbolos
pátrios: hinos, bandeira e heróis nacionais. O Hino Nacional deveria ser
cantado obrigatoriamente na entrada da escola, pois esta seguia
determinações do Estado de Minas Gerais.
Nesse contexto a existência da primeira escola pública se constituiu
como símbolo de modernização educacional e progresso social defendido
pela República no cenário tijucano. Segundo FARIA FILHO (2007), no
Brasil, os primeiros Grupos são criados, organizados e construídos a
partir da última década do século XIX, em São Paulo. Em seguida,
observa-se uma destas instituições por todo território brasileiro.
Contudo, a atual Escola Estadual João Pinheiro conseguiu materializar
parte de todas as ações propostas pelo regime da época, porém apresentou
singularidades distintas na forma de atuar, conforme verificado em
documentos, e depoimentos analisados. Portanto o que se pode concluir,
mesmo que parcialmente, é que referida instituição e contribuindo
assim para teve e tem um papel expressivo no cenário educacional
ituiutabano e contribuindo assim para a propagação de ideias,
princípios, concepções da educação local.
Referências
Escola Estadual João pinheiro. Livro de Atas-emnome-1979-1988.
FARIA FILHO, Luciano M. Grupos Escolares de Juiz de Fora: Sementes da
inclusão: grupos escolares de Juiz de fora/1907/2007. In: Lola Yazbeck.
Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2007.
FERREIRA, Ana Emília C.S. Da Centralidade da Infância na Modernidade e
Sua Escolarização: a Escola Estadual João Pinheiro – Ituiutaba (MG),
1908-1988. 2007.209f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia.
ITUIUTABA, 2001. Fundação Cultural de Ituiutaba. Revista Centenário de Ituiutaba. Edição especial. N.1, Ituiutaba: EGIL, 2001.
MINAS GERAIS. Secretaria do Interior do Estado. Cópia Poema da Festa da
Bandeira. Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, 1915.
Documentos
GRUPO ESCOLAR JOÃO PINHEIRO, livro de Atas – e recortes do Minas Gerais – 1915.
GRUPO ESCOLAR JOÃO PINHEIRO. Livro de recortes do Minas Gerais – 1926-1988.
Msc. Ana Emília Cordeiro Souto Ferreira
¹ Mestre pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Analista
Educacional da Superintendência Regional de Ensino de ITUIUTABA-MG.
Professora da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de
Ituiutaba-MG.
² Na sua criação, recebeu essa denominação , entre 1908 – 1915. A
partir de 1915, segundo a revista Centenário de Ituiutaba (2001, p.49),
passou a ser chamado apenas de Grupo Escolar. Mudou os hábitos, os
costumes e a cultura daqueles que frequentavam, pois passou a ser palco
das tenções esportivas , sociais e culturais da cidade.
Posteriormente, em 1927, passa a ter a denominação de Grupo Escolar João
Pinheiro. Em 1974, o Grupo Escolar João Pinheiro a ser chamado de
Escola Estadual João Pinheiro de 1ª Grau; porém, 1984, com a extensão de
séries do ensino fundamental, que era apenas de pré a 4ª série, passou a
ministrar o ensino de 5ª a 8ª série e a se chamar Escola Estadual João
Pinheiro, até os dias atuais.
Uma visita à Era dos Dinossauros
A história nos possibilita uma viagem no
tempo proporcionando a todos um leque de conhecimentos e uma visão
abrangente das demais eras.
O estudo relacionado aos Dinossauros
sempre causou fascínio, curiosidade, e por não ser diferente os alunos
do 5º ano de alfabetização (4ª série) da Escola Estadual João Pinheiro,
desenvolveram um Projeto cujo tema “Era dos Dinossauros”, com objetivo
de despertá-los para evolução histórica e sua extinção através do estudo
realizado em seus fósseis.
Este estudo permitiu os alunos um contato
teórico com a pré-história, estabelecendo relações de antes e depois,
onde puderem ampliar seus conhecimentos com respaldo do trabalho
que os historiadores, antropólogos,
paleontólogos, arqueólogos desenvolveram para mostrar nosso passado e
consequentemente presente e futuro.
O projeto teve uma duração
aproximadamente de dois meses e o ponto de culminância foi a visita ao
Sítio Arqueológico Llewellyn Ivort Price localizado Peirópolis, a
19 quilômetros de Uberaba-MG.
O mundo dos Dinossauros, que adquire
importância nacional como centro de pesquisas paleontológicas é onde
possamos enriquecer nossos estudos e encontrarmos algumas respostas para
tantas perguntas como principalmente a causa da extinção dos
mesmos. Os alunos puderam observar de perto vestígios de animais
pré-históricos que viveram há milhões de anos e seus fósseis.
Essa ação deixou os estudantes
encantados, foi uma viagem no tempo, e conseguiu despertar e cultivar
novos conhecimentos, possibilitando adquirir informações e formação às
pessoas envolvidas no projeto.
Para que essa excursão tornasse
realidade, contou-se com o apoio do diretor Carlos Henrique Araújo
Vidigal (Baco), vice-diretor Iraneide Rodrigues Melo, supervisora Edmar
Aparecida , das professoras responsáveis pelo projeto, dos pais ou
responsáveis e principalmente no dia da viagem que sem a colaboração das
professoras Isabel de A. Carvalho, Aparecida David Coelho,
professora eventual Norbertina Bernardes da Silveira, vice-diretora, das
mães Daniela Patrícia da Silva, Gisele Graziele Alves Franco, Maria
Lucinete dos Santos Souza, Marta Helena Ângelo, avó Maria aparecida
Silva e da voluntária Camila Martins de Paula.
A Escola Estadual João Pinheiro, através
de sua equipe, torna realidade iniciativas como essa, reforçando o
compromisso com a qualidade de ensino, possibilitando ampliar horizontes
e cultivar a essência do conhecimento, associando a teoria à prática.
Alunos da 8ª série visitaram Museu de Peirópolis
Depois de o Museu Antropológico de Ituiutaba (MUSAI) propor e
desenvolver com a Escola Estadual “João Pinheiro” o projeto para que os
alunos conhecessem melhor a instituição, não somente como guardião do
passado histórico, mas também como fonte de diversos conhecimentos e
atividades interativas que trabalham o presente da comunidade, a escola
resolveu ampliar o projeto, contando com a participação de alunos
do curso de Biologia.
No dia 8 de novembro, cerca de 50 alunos das oitavas séries da escola
visitaram o Museu Paleontológico de Peirópolis, onde puderam diferenciar
esta instituição do museu de Ituiutaba. No aspecto geral, os museus têm
a missão de guardar, conservar e comunicar, residindo nesta última ação
a justificativa para as duas primeiras.
Os alunos assim aprenderam que cada museu tem sua especificidade, têm
que ser abertos ao público e estar a serviço da sociedade.
Os objetivos do projeto são: favorecer condições diferenciadas de
aprendizados para conscientizar os educandos da importância dos Museus e
da necessidade de sua preservação. Propor ao aluno um entendimento mais
significativo sobre o Museu, enquanto espaço de coisa do povo.
Valorizar o Patrimônio Cultural do Brasil. Conhecer os fósseis de
Dinossauros e de vários outros animais e também de vegetais.
Desenvolvimento
Os alunos, através de um guia, tiveram informações sobre a fundação da
instituição, quais suas características e sobre os fósseis de milhões de
anos. Com isso, souberam como a natureza se transforma ao longo dos
anos. Os alunos conheceram também a Casa dos Valores Humanos.
A coordenação desta excursão dos alunos das oitavas séries foi dos
professores Marcos, Maria aparecida, Fátima Leal, Terezinha e Maria
Hermione.
João Pinheiro transforma museus em salas de aula
A Política Nacional de Museus, a cargo do
Ministério da Cultura, Lançou as bases da política do Governo Federal
para o setor, com a apresentação do caderno político nacional de museus –
Memoria e Cidadania. O objetivo da política é “promover a valorização, a
preservação e fruição do patrimônio cultural brasileiro, considerado
como um dos dispositivos de inclusão social e cidadania, por meio do
desenvolvimento e da revitalização das instituições museológicas
existentes e pelo fomento à criação de novos processos de produção e
institucionalização de memorias constitutivas da diversidade social,
étnica e cultural do país”.
A escola Estadual João Pinheiro, pelos
projetos desenvolvidos, pelos alunos, faz a sua parte nessa política de
utilização dos museus na formação acadêmica e cidadã, visto que tida
comunidade escolar participa das atividades em questão, como as
excursões, o que atinge um dos objetivos que é a democratização e acesso
aos bens culturais.
Projeto Poesia na escola
Ler é um ato que exige o esforço mental
ativo. Através da leitura os alunos são capazes de: aprender a ouvir e
apreciar a leitura dos colegas, melhorando a capacidade de se expressar,
se expressando com mais clareza e também e também de fazer inferências.
Ensinar a ler passa pela ação de
despertar o gosto pela leitura, que proporciona acesso ao conhecimento
produzido em produção, prazer era ler e expressar suas ideia para
si e para os outros.
A partir da leitura surgirão bons e belos textos.
O papel do professor, nesse sentido é
contribuir para uma prática significativa da vida do aluno. Mas
isso, não ocorre de um dia para o outro, será decorrente do processo
iniciado desde os primeiros anos de estudo.
Quando o professor tem o habito de ler
para os alunos, ler com eles ou oferecer textos diversificados, eles
sentirão motivados a ler e com certeza terão mais facilidade para
produzir.
Toda e qualquer tipo de leitura na escola
é importante, para o aluno se desenvolver, principalmente a
leitura de poesias, pois elas transmitem emoções, estimula a imaginação e
aflora o lada da fantasia.
A poesia pode ser usada como ponto de
partida para trabalhar diferentes formas de expressão como: animais,
plantas, a casa, a rua, cruzadinhas, quadrinhas, desenhos, dobraduras,
colagem, anagramas e etc. Ela é realmente um instrumento de extrema
importância para aumentar as possibilidades da expressão verbal.
Trabalhar com a poesia é trabalhar com a
arte. Ela ajuda o aluno a mostrar seu lado artístico, humorístico e
principalmente o lado poético. Com ela o aluno se diverte, enriquece o
seu vocabulário, sua criatividade e trabalha os sentimentos relacionados
ao lado do seu dia-a-dia como: amizade, dor, timidez, alegria etc.
Meu trabalho na sala de aula é bem
variado, mas a poesia está sempre presente, meus alunos leem,
interpretam, ilustram, fazem apreciação e produzem, assim eles conseguem
estruturar melhor suas ideias, que em seguida serão expostas em murais,
assim como serão realizados saraus de poesia para os próprios alunos,
funcionários da escola e para seus pais.
Os alunos se encantam com os ritmos e as
rimas que existem nelas e após lerem vários tipos de poesias, eles se
sentirão capazes de produzirem suas próprias poesias com estímulo e
prazer.
A poesia nada mais é do que uma brincadeira com as palavras.
Portanto, a leitura, seja poesia ou
qualquer outra é a solução para o aluno aprender e se conhecer e a
entender melhor os outros e o mundo em que vive.
Desafios da inclusão social e a Psicologia
Com o processo da inclusão social, podemos oferecer às pessoas de
classe social, de nível educacional, portadores de deficiências
idosos ou minorias raciais oportunidades de participarem de forma de
forma mais igualitária da teia de relações afetivas e produtivas da
sociedade, dentro de um sistema que beneficie a todos. Nesse sentido a
psicologia tem uma grande contribuição para conscientizar levar a
sociedade a uma reflexão do seu papel e função dentro do processo
inclusivo.
A inclusão social tem buscado criar mecanismo que adaptem os indivíduos
ao sistemas comuns, através de políticas e leis que criem programas e
serviços voltados a inserção da pessoa excluída das em presas,
hospitais, escolas, instituições de saúde pública, clubes de recreação e
lazer, penitenciárias, clínicas e etc. na direção de um paradigma mais
desenvolvido da sociedade o psicólogo tem autorizado de forma eficiente
no sentido de valorizar e reconhecer o individuo como “ser
humano”.
Só assim, considerando os indivíduos em sua diversidade como ser
pensante, reflexivos e atuantes, poderemos de fato implantarmos e ser
bem sucedidos com o processo de inclusão social. Barreiras precisam ser
vencidas e a psicologia tem esta função primordial de resolver
conflitos, inquietações, angústias, ansiedades e preconceitos que
qualquer individuo excluído de alguma situação vivenciada. Portanto a
situação do psicólogo favorece a ressignificação social com sua postura
profissional, levando sujeitos em situação exclusiva a vencer os
obstáculos e as dificuldades que tenham quem enfrentar em qualquer
momento de sua vida.
A psicologia como ciência, preocupada com o bem estar e equilíbrio
mental, tem levado o individuo excluso a modificar suas estruturas
cognitivas e afetivas promovendo interações e conseguindo na valorização
dos variados tipos de inteligência. Com isso, colabora para que uma
parcela excluída possa realizar seus direitos, necessidades e
potencialidades.
A inclusão social é um processo para construção de um novo tipo de
sociedade, através do qual ocorrerão as transformações e modificações de
mentalidades das pessoas. Assim a psicologia vem auxiliando na promoção
de uma sociedade mais democrática e consciente.
Curso de Psicologia – Instituto Superior de Ensino e Pesquisa de Ituiutaba FEIT/UEMG.
Juninão do Centenário
No dia 21 de junho a escola realizou o Juninão do Centenário, no Salão
de Social do Atrium, com a participação da comunidade escolar “João
Pinheiro” e da comunidade ituiutabana.
Desfile de 7 de Setembro
A Escola Estadual João pinheiro foi destaque no desfile de 7 de
setembro, comemorando 100 anos nos 186 anos da Independência do Brasil.
Outra atividade que mobilizou a comunidade escolar e chamou a atenção
da comunidade foi a Gincacem – Gincana do Centenário, realizada no dia
22 de novembro, na Praça Cônego Ângelo, com participação de pais,
alunos, professores, ex-alunos e representantes de outros segmentos de
Ituiutaba.
A Festa do Centenário é realizada no dia 19 de dezembro no Salçao
social do Atrium, como lançamento da Revista do Centenário, Cartão
Telefônico, homenagens e exibições do vídeo institucional.
No dia 22 de dezembro, data em que a Escola Estadual João Pinheiro
comemora 100 anos de fundação, é inaugurado o Memorial do Centenário.
Formando Cidadãos Conscientes
A Escola Estadual João Pinheiro atual em toda as áreas de formação para oferecer o melhor ensino aos alunos.
Dia 31 de maio se comemora o Dia antitabagismo, com o objetivo de
conscientizar as pessoas sobre o mal que o cigarro causa às pessoas,
sejam fumantes ativos ou passivos.
Para conscientizar um número maior de pessoas e aso mesmo tempo ampliar
o conhecimeto dos alunos, a professora Raquel desenvolve um trabalho
que esclarece e demonstra de foram eficaz o quanto é prejudicial o
efeito da nicotina no organismo.
De acordo com a professora, nesta fase de formção, os alunos têm um
maior poder de assimilação e passam as informações recebidas ao pais e a
outras pessoas, sejam elas fumantes ou não.
Preservação ambiental
Desde 2005, o professor de Matemática Webert Gonçalves coordena na
Escola para a Estadual João Pinheiro o Projeto Águas Amigas, que
tem o objetivo de trabalhar a preservação dos mananciais de nossa
região.
Segundo o professor, o projeto visa a conscientização dos jovens e por
meio destes a mudança de atitudes para preservação da água.
O Projeto Água amiga chega também a outras escolas, os conhecimento e
desenvolvendo trabalhos e atividades que conduzem os alunos a campo e a
cada no os resultados são mais expressivos.
Equipe João Pinheiro no Ano do Centenário
Equipe Gestora
Diretor: Carlos Henrique Araújo Vidigal (Baco) -Vice-Diretor: Iraneide
Rodrigues Melo Supervisoras: Aparecida Franco Carvalho e Mari de Fátima
Franco Leal.
Secretaria
Secretária adjunta: Ariadne Jaqueline de Menezes Siqueira –
Auxiliar de secretaria: Neidivina de Oliveira Lima Silva, Jaqueline
Aparecida de Oliveira G. Quirino, Luciene Garcia de Miranda Fratari.
Bibliotecário
Aniceto Braz Santana
Professores
Alexandre Dib, Ana Paula do Carmo Gomes, Aparecida David Coelho,
Delmira Rodrigues de Lima Ferreira, Dorcina Tereza Alves, Erli Pereira
Silva. Eurípedes Ribeiro Martinelli, Fabíola Silva Ferreira, Isabel
Cristina Braga de Azambuja Carvalho, Jane aparecida David Paranaíba,
Lucimar Lacerda da Costa, Maria aparecida Batista Carvalho, Maria
aparecida Batista Marçal, Maria aparecida de Lima Mendes, Maria Betânia
franco França, Maria Celina Dantas Bezerra Severino, Maria de Fátima
Dias Araújo, Maria Hermione Nunes de Castro, Marleida Pereira rocha,
Marli Mendes Dias, Mirian Pereira Macedo, Norbertina Bernardes Silveira,
Patrícia Cavalcanti de Oliveira Marquesi, Raquel Alves Teixeira,
Rosânea rocha Lenz, Rosimeiry Antônia Luiz Rufino, Rosineide Maria
Duarte Caetano, Sandra Maria de Araújo, Sirlei Morais dos Santos,
Sirlene Maria dos Santos, Suelene Silva Souza, Terezinha Abadia Camilo
Vaz, Thatiane Freitas Marquez de Castro, Vania Maria Pereira Rosa
Oliveira, Wakson Alves Pereira, Webert Gonçalves Silva.
Auxiliares de Educação Básica:
Dinair Maria de Souza, Elizabeth Aparecida Pereira de Oliveira, Elma
Maria da Glória, Izolda Maria da silva, Joana aparecida Batista, José
Henrique Candido Batista, Luznete Bernardes Cardoso, Maria aparecida de
Morais, Maria Elza Fernandes Maia, Zilda Vieira Martins.
Hino do Centenário da Escola Estadual João Pinheiro
Letra: Marcia de Oliveira França franco
Música: José Augusto da Silva Neto
Arranjo instrumental: José Augusto da Silva Neto
Interprete: José Augusto S. Neto.
De Ituiutaba no Triângulo Mineiro
Em todo Planeta repercute, Oh! Brasil amado
O hino de louvor à Escola João Pinheiro
Todo amor e esperança neste forte brado 2X
Grupo Escolar nasceu, com a luz do mundo
Brilhando como Sol, generoso e fecundo
Educar, espalhar sabedoria, é a sua Missão
Cem anos cidadã em mensagem de evolução
Na construção excelsa de um futuro feliz
Saudemos nossa escola neste eterno porvir
A sementeira de inteligência em floração infinita
Arte de ensinar em raios de Luz bendita
Com a nossa voz cantemos bel alto, a vitória
De um século de trabalho, com amor e gloria 2X.
Ituiutaba, 11 de agosto de 2016
Hairton Dias
Diretor e Coordenador do Portal Ituiutaba
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