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Francisco Alves Vilela
 
Agente executivo 1905 a 1907.
 
A Ituiutaba de 2001, em 1905, era conhecida como “Vila Platina”, e começava a ter vida própria.
No dia 1º de janeiro de 1902, às doze horas, no Paço Municipal reuniram-se autoridades e populares em sessão. A finalidade era empossar a primeira Câmara Municipal de Vila Platina e instalar o Município criado pela Lei nº 319 de 16 de setembro de 1901. Na ocasião, a presença de Francisco Alves Vilela, foi registrada entre as autoridades que proferiram, em alta voz, o compromisso da lei.
Francisco Alves Vilela tornou-se uma pessoa fundamental para os rumos de Vila Platina, sempre freqüente às reuniões, que aconteciam no Paço Municipal, assinou como presidente e secretário, em várias atas de sessões da Câmara Municipal, o presidente, o Coronel Augusto Alves Vilela e os vereadores concordaram na designação do dia 7 de janeiro do mesmo ano, para a posse da Câmara.
No dia 7 de janeiro, Marinho Dias Ferreira, secretário, registrou a posse do Cidadão Francisco Alves Vilela, nascido de 28 de fevereiro de 1871, filho de Pedro Alves Vilela e de Mariana Alves Garcia, natural de Campo Belo (Oeste de Minas), eleito como agente executivo da então Vila Platina. Por seu empenho e dedicação, Francisco Alves Vilela foi eleito 3º Agente Executivo passando a ocupar o lugar de Tobias da Costa Junqueira. No período de 1905 a 1907, o Coronel Francisco Alves Vilela assumiu a responsabilidade de administrar junto com outros homens públicos, os destinos da pequena cidade. Entre os colaboradores do 3º Agente Executivo destacaram-se: Tobias da Costa Junqueira, Antônio Joaquim Guimarães, José de Andrade e Souza, Joaquim Theodoro de Carvalho, Marinho Dias Ferreira e Augusto Alves Vilela.
O processo de criação do Município de Vila platina e a libertação política do Prata-MG trouxe conseqüências para o povo e para a cidade. Muito tinha para se fazer: pontes, estradas, cemitérios, escolas, iluminação, jardins, canalização de água, a criação do regimento, a verificação dos limites de Ituiutaba com os municípios vizinhos, mas os políticos da época não temeram o desafio.
A administração de Francisco Alves Vilela foi marcada pela iniciativa de construção do prédio do Grupo Escolar Vila Platina (hoje E. E. João Pinheiro), que foi construído pelo sistema de cotas na qual participaram: Tobias da Costa Junqueira, Fernando Vilela de Andrade, João Alves Gouveia, Antônio Joaquim Alves, Sebastião Joaquim Alves, João Caetano de Novaes, José Alves Taveira, Antônio da Costa Junqueira, Aureliano Martins de Andrade, Antônio Domingues franco, Francisco Alves Vilela, Aureliano José Franco, José Petraglia outros.
Outro grande destaque na administração de Francisco Alves Vilela, foi o primeiro serviço de iluminação pública, realizado por iluminação a gás acetileno. O evento mereceu destaque na reunião da Câmara Municipal, onde foi lavrada em ata a fala do senhor Augusto Alves Vilela, dizendo da sua alegria em participar da inauguração da iluminação e destacando o brilhantismo da banda de música “Lira Congressista” e de populares que percorreram as ruas da cidade. Até então a população não contava com tal benefício, crianças brincavam em plena escuridão, e os passeios em período noturno eram acompanhados pela luz do luar e pela presença de pequenos animais. A iluminação passou a ser acompanhada pela população que assistia o acender e o apagar dos lampiões, serviço executado pelo popular Joãozinho Garcia, como se fosse um ritual.
A população da pequena cidade não contava com recursos modernos, e vivia de forma humilde. Era costume das famílias freqüentarem a igreja onde o Cônego Ângelo Tardio Bruno celebrava a missa.
A cidade contava com poucas ruas, sendo as principais: Bela Vista (16), do Comércio (18), rua da Matriz (20), 24 de Maio (22), e as travessas: São José (13) e Antônio Pedro Guimarães (15). Nas ruas citadas já era possível ver: farmácias, casas comerciais, casebres, ranchos de palha e pau-a-pique e a igreja ainda sem torres.
Na frente das casas, era normal ver chiqueiros e os porcos também freqüentavam os córregos próximos da cidade. Havia também a preocupação com a saúde pública, então a iniciativa de proibir tais situações.
As ruas sem calçamento era motivo de suplício para os moradores, que de maio a outubro sofriam com a poeira que se espalhavam pelos ares, e na época das águas, a lama dominava as ruas. O trânsito das tropas e dos carros de bois, meio de transporte muito utilizado na época, colaboravam ainda mais para a situação incômoda.
Tito Teixeira, entusiasta, prontificou-se a construir um jardim público, outra obra marcante da administração de Francisco Alves Vilela. A Praça João Pinheiro conhecida popularmente como Largo da Matriz, foi demarcada, cercada com arame liso e postes de aroeira, canteiros foram projetados, árvores foram plantadas, um coreto de assoalho de tábuas foi erguido. Nascia o primeiro jardim público, sempre aberto aos domingos e feriados. Era freqüentado por moças bem penteadas, vestidas com capricho e rapazes com o melhor terno. Famílias inteiras, depois do jantar, que normalmente eram às quatro horas da tarde, visitavam o jardim.
Na época, as famílias eram numerosas e Francisco Alves Vilela casou-se pela primeira vez com Augusta Martins de Andrade e criou 4 filhos. Já, no segundo casamento, Andreina Santos Vilela, teve 6 filhos. Francisco Alves Vilela (Seu Chico) além de agente executivo, foi fazendeiro e comerciante, sócio de Arlindo Teixeira, no Bazar do Povo.
Apesar de não existir hospital na cidade, o Dr José Petraglia dava assistência médica à população e era conhecido como “médico dos pobres”.
Vila Platina por meio de seus dirigentes, no dia 9 de maio de 1906 posicionou-se contra a separação do Triângulo Mineiro, em Estado independente de Minas Gerais. A idéia foi tida como descabida pelos vereadores e o Agente Executivo oficializou solidariedade ao governo do Estado.
Francisco Alves Vilela continuou atuando na política, mesmo depois de sua atuação como Agente Executivo.
Ituiutaba progrediu e hoje seu povo reescreve sua história.
 
 
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